IRICE   05408
INSTITUTO ROSARIO DE INVESTIGACIONES EN CIENCIAS DE LA EDUCACION
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Psicologia e energias renováveis: possíveis diálogos, expandindo horizontes
Autor/es:
RAFAELLA LENOIR IMPROTA
Lugar:
Salvador
Reunión:
Congreso; 7 Congresso Norte-Nordeste de Psicologia; 2011
Resumen:
De maneira geral, as pessoas se apresentam favoráveis às energias renováveis, pois são fontes limpas, que contribuem para a sustentabilidade dos recursos do planeta, adquirindo, assim, um valor social positivo. Com a crescente preocupação acerca das mudanças climáticas, observa-se um fomento crescente das energias renováveis em muitos países. O presente trabalho visa demonstrar a importância da psicologia neste campo, a partir de experiências empíricas em trabalhos nesta área. Estudos europeus apontam que nas localidades onde são implantados esses empreendimentos, muitas vezes a aceitação acontece com custo. Esta rejeição ocorre porque, na implantação desses projetos, os elementos psicossociais presentes neste processo são desconsiderados, visto que a maioria dos estudos se atém somente às dimensões econômicas e técnicas. Na implantação de projetos de energias renováveis em uma comunidade, é necessário considerar os componentes psico-sócio-ambientais intrínsecos nessa inserção, como apego ao lugar, comportamentos e atitudes ambientais. No Brasil, analisou-se o impacto psico-sócio-ambiental do primeiro parque eólico de grande porte numa comunidade adulta e infantil vizinha desse empreendimento. Utilizando entrevistas e duas ferramentas visuais chamadas “autofotografia” e “função de modelo”, percebeu-se que, diferentemente dos estudos europeus, não houve rejeição ao parque, mesmo sendo desconsiderados, pela empresa, os fatores psicossociais durante a implantação. Fatores como: baixa escolaridade, baixo engajamento social e avaliação estética positiva dos aerogeradores podem ter contribuído para este tipo de reação. Atualmente, está sendo desenvolvido outro estudo, na Argentina, com a finalidade de mapear diferentes realidades sul-americanas quanto à aceitação das energias renováveis. Será utilizada a mesma metodologia do estudo supracitado, abordando, agora, o impacto psico-socio-ambiental da energia solar, pequenas hidrelétricas e energia eólica em pessoas que vivem nas comunidades próximas a esses empreendimentos. É necessário que as próximas construções se atenham à componente psico-sócio-ambiental, para que haja uma melhor aceitação junto às comunidades dessas novas tecnologias, imprescindíveis para um balanço entre desenvolvimento humano e diminuição das mudanças climáticas. Nesse espaço, encontra-se um novo e importante campo de trabalho para a psicologia, tanto quanto à familiarização das pessoas com essas novas tecnologias como no auxilio numa inserção psico-ambiental mais harmônica, no cotidiano dos vizinhos desses empreendimentos.