O capital emocional. Traçando linhas promissoras para a pesquisa em educação

CARINA V. KAPLAN

Pesquisas em Educação, Subjetividade e Diversidade: perspectivas no Brasil e na Argentina

Universidade Estadual de Londrina

Lugar: Londrina; Año: 2014; p. 43 - 58

Este artigo volta-se aos testemunhos de alunos de estudos empíricos que nos permitiram interpretar os sentimentos e experiências que operam na vida escolar e fazem parte da estrutura afetiva dos jovens, aproximando-nos da hipótese do capital emocional. Os jovens parecem internalizar em sua biografia social e no encontro com os outros, categorias estigmatizantes,eatribuem-seo sentimento de vergonha e auto-humilhação. É importante, assim, alertá-los contra esses sentimentos e vivências de inferioridade não são só no que dizem e fazem, mas também na postura corporal ou no efeito de vergonha como produto da violência simbólica dos mecanismos e relações sociais de dominação simbólica. Partimos da suposição geral de que, assim como a existência individual e a coletiva estão justapostas, a estrutura social e a psíquica estão imbricadas. A convivência, a cooperação e toda a dimensão sensível envolvida na experiência social devem ser analisadas de acordo com sua capacidade de explicar as transformações das sociedades contemporâneas e mudanças na subjetividade.