INVESTIGADORES
MARDER Nora mariel
congresos y reuniones científicas
Título:
Avaliacao do efeito ansiolitico de uma fracao de flavonoides purificada de Passiflora alata curtis (passifloraceae)
Autor/es:
GUSTAVO PROVENSI; RAQUEL FENNER; FERNANDA COSTA; EVERTON MORAIS; CRISTINA WASOWSKI; GRACE GOSMAN; MARIEL MARDER; STELA RATES
Lugar:
cidade de Garibaldi (RS), Puerto Alegre, Brasil
Reunión:
Congreso; IV Oficina de Neurociencias, Programa de Pos Gaduacao em Neurociencias da UFRGS; 2006
Institución organizadora:
Programa de Pos Gaduacao em Neurociencias da UFRGS
Resumen:
Objetivos: Espécies do gênero Passiflora são utilizadas tradicionalmente como calmante. Diversos estudos demonstraram atividade central para espécies deste gênero. Extratos hidroetanólicos e aquosos de P. alata, espécie oficial da Farmacopéia Brasileira, apresentam efeito ansiolítico, em ratos. Contudo, a identidade dos constituintes ativos no gênero ainda é controversa. Nesse trabalho, avaliamos o perfil psicofarmacológico de uma fração enriquecida em flavonóides (FLA) purificada do extrato aquoso de P. alata no intuito de correlacionar estes compostos com a atividade anteriormente reportada. Métodos: As folhas de P. alata foram extraídas por refluxo (1:10 m/v, 1h) e FLA foi purificada do extrato usando-se cromatografia de exclusão molecular. FLA (300 mg/kg) foi administrada a camundongos (CF1, machos), por gavagem, e avaliada em modelos animais clássicos de ansiedade e sedação (Labirinto em cruz elevado, hole board, tempo de sono barbitúrico e open field). No intuito de estudar o mecanismo de ação desta fração foram realizados o ensaios de radioligação em membranas sinaptossomais de córtex cerebral murino, usando os radioligantes 3[H]-flunitrazepam e 3[H]-TBOB, um ensaio de binding funcional. Resultados: O tratamento com FLA aumentou os percentuais de entradas (SAL=20,3±10,4, n=12; FLA=35,3±9,3, n=7) e permanência (SAL=24,3±12,1, n=12; FLA=40,2±13,4, n=7) nos braços abertos e diminuiu os percentuais de entradas (SAL=79,6±10,4, n=12; FLA=64,7±9,3, n=7) e permanência nos braços fechados (SAL=75,6±12,1 , n=12; FLA=59,6±13,4, n=7)  do labirinto em cruz elevado e também aumentou a duração do sono barbitúrico (SAL=    , n=12; FLA    , n=12). Não houve mudanças na atividade locomotora e no comportamento dos animais no ensaio de hole board. FLA e os flavonóides vitexina e isovitexina, presentes nessa fração, não foram capazes de deslocar a ligação de 3[H]-flunitrazepam 0.6 nM  ao sítio benzodiazepínico em membranas sinaptossomais de córtex de ratos em concentrações ate 300 mM. Porém FLA deslocou a ligação de de 3[H]-TBOB, em um ensaio realizado na presença de 0,3 mM de GABA (IC50=....) de forma análoga ao diazepam (IC50=....... ). Conclusões: A fração de flavonóides (FLA) de P.alata apresentou efeito ansiolítico e hipnótico, mas não efeito sedativo, na dose testada. Os dados obtidos nos ensaios in vitro sugerem que os flavonóides são moduladores alostéricos do receptor GABAA,  através de ligação a sítios não benzodizepínicos no complexo receptor GABAA.