IMIBIO-SL   20937
INSTITUTO MULTIDISCIPLINARIO DE INVESTIGACIONES BIOLOGICAS DE SAN LUIS
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Efeitos da ontogenia e dieta sobre o crescimento e a fisiologia digestiva do lagarto teiú, Tupinambis merianae
Autor/es:
GOMES, BRUNA F.; GONTERO FOURCADE, M. N.; CAVIEDES VIDAL, E.; ANDRADE, DENIS, V
Lugar:
Salvador, Bahia
Reunión:
Congreso; VI Congreso Brasilero de Herpetologia; 2013
Institución organizadora:
VI Congreso Brasilero de Herpetologia
Resumen:
Tupinambis merianae é um dos maiores lagartos da família Teidae, que habita diferentes ambientes da América do sul, sendo frequentemente encontrado forrageando em áreas abertas. Este lagarto é um predador ativo, que se alimenta de frutas, invertebrados e pequenos vertebrados, com hábitos generalistas ou oportunistas, havendo registros de necrofagia. Observa-se nesta espécie uma mudança na dentição heterodonte determinada ontogeneticamente, que parece estar relacionada com uma mudança no hábito alimentar, no qual os indivíduos juvenis preferem uma dieta insetívora enquanto que os adultos, uma dieta onívora. Sendo ainda desconhecido se esta mudança dentária é acompanhada por variações na morfologia e fisiologia digestiva de T. Merianae, o objetivo do nosso trabalho foi estudar os processos morfológicos e fisiológicos do sistema digestivo antes e após tal mudança, e se há influência da composição da dieta nestas alterações e no crescimento. Três grupos de recém-nascidos foram mantidos com dietas artificias variando quanto à inclusão de frutas em uma dieta-base de proteína animal: dieta livre de carboidratos, dieta pobre em carboidratos e dieta ricamente calórica. Foram feitas medidas morfométricas do animal vivo e medidas do sistema digestório e atividade de N-aminopeptidase no momento anterior e posterior a troca de dentição. Inicialmente, os diferentes grupos não apresentavam diferenças significativas de massa e comprimento corporal, no entanto, a partir do quarto mês de trabalho, os animais mantidos com as diferentes dietas começam a apresentar variações significativas de tamanho (F2,26=5,017, P=0,014; F2,26=4,123, P=0,028, para massa e comprimento corporal), mantendo estas diferenças no decorrer do estudo, sendo maiores os animais mantidos com uma dieta rica em proteínas. Observamos que a massa e o comprimento do intestino delgado diferem entre os grupos antes e após a troca de dentição (P=0,033; P=0,000, para massa e comprimento intestinal), sendo maior no grupo com dentição juvenil. Com respeito as dietas oferecidas, observa-se maior tamanho intestinal entre o grupo alimentado com a dieta rica em carboidratos e os demais grupos, tanto para juvenis como para adultos. A atividade de N-aminopeptidase mostrou-se maior em animais que ainda não tiveram alteração dentária (P=0,000). Nossos dados indicam que animais juvenis apresentam maiores superfícies de absorção intestinal e atividade enzimática, isto, acompanhado com nossos dados de crescimento que amostram taxas maiores para animais alimentados com dieta rica em proteínas, poderia estar evidenciando a necessidade desta espécie de ter um tipo de dentição especializada para captura de inseto que permitam altas taxas de crescimento na fase inicial do desenvolvimento.