MACNBR   00242
MUSEO ARGENTINO DE CIENCIAS NATURALES "BERNARDINO RIVADAVIA"
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Uma nova espécie de Gomphodontosuchinae (Cynodontia, Traversodontidae) da Sequência Candelária (Triássico Superior), Brasil
Autor/es:
SCHMITT, MAURÍCIO RODRIGO; MARINA BENTO SOARES; CESAR SCHULTZ; MARTINELLI, AGUSTÍN
Lugar:
Porto Alegre
Reunión:
Simposio; PaleoRS; 2020
Institución organizadora:
UFRGS
Resumen:
Gomphodontosuchinae é um clado de cinodontes traversodontídeos, composto por seis gêneros: Gomphodontosuchus, Menadon, Protuberum, Exaeretodon, Scalenodontoides e Siriusgnathus, que ocorrem no Triásssico da América do Sul e África, sendo bastante comuns no Brasil e Argentina, onde ocorrem cinco dos gêneros descritos. Nós apresentamos aqui uma nova espécie de Gomphodontosuchinae (UFRGS-PV-1416-T a UFRGS-PV-1479-T) coletada na margem do Arroio Cancela, na cidade de Santa Maria há mais de 15 anos atrás. O material é composto por um crânio e materiais pós-cranianos de pelo menos quatro indivíduos, além de materiais cranianos e pós-cranianos de um rincossauro indeterminado e uma maxila de Hyperodapedon sp.Com base nesse último espécime, é possível a associação desta tafocenose com a Zona de Associação de Hyperodapedon (Sequência Candelária). O espécime é identifcado como um Gomphodontosuchinae devido à presença de três grandes incisivos superiores, canino inferior reduzido e a ausência da cúspide central na crista transversa dos pós-caninos. As comparações anatômicas foram realizadas com os gonfodontosuquíneos brasileiros relacionados morfologicamente com a nova espécie: Exaeretodon riograndensis, E. argentinus e Siriusgnathus niemeyerorum. A nova espécie compartilha com Exaeretodon três incisivos superiores, enquanto Siriusgnathus possui apenas dois; a barra pós-orbital é localizada mais posteriormente do que em S. niemeyerorum e mais anterior do que em Exaeretodon; o ?piso? da órbita é liso, como em Exaeretodon, enquanto S. niemeyerorum possui uma crista; não possui um processo suborbital do jugal desenvolvido, assim como em S. niemeyerorum, e diferentemente de Exaeretodon, que é bem desenvolvido. A análise flogenética recupera a nova espécie como táxon irmão de Siriusgnathus + Exaeretodon + Scalenodontoides. O esqueleto pós-craniano é muito similar ao de Exaeretodon, assim como as cavidades internas do crânio, que possui poucas modifcações quando comparada à S. niemeyerorum e Exaeretodon. O novo achado demostra uma maior diversidade de gonfodontosuquíneos para a AZ de Hyperodapedon, com um bauplan relativamente similar. Esta diversidade chama a atenção sobre a da Formação Ischigualasto, na qual devido a reiteradas sinonimizações só se reconhece formalmente o gênero Exeretodon. No entanto, os dados brasileiros sugerem que esta diversidade possa ser subestimada e a revisão de alguns táxons seja necessária, como Proexaeretodon e Ischignathus, que poderiam representar táxons válidos. [CAPES, CNPq]