MACNBR   00242
MUSEO ARGENTINO DE CIENCIAS NATURALES "BERNARDINO RIVADAVIA"
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Caracterização da diversidade das aranhas (Arthropoda: Arachnida: Araneae) de serapilheira do PARNA Restinga de Jurubatiba (PELD, sítio 5) e identificação de potenciais parâmetros bioindicadores
Autor/es:
GLÁUCIO CARDOSO GASPAR; RENNER BAPTISTA; JOSÉ MAURÍCIO GUIMARÃES OLIVEIRA; ABEL PÉREZ GONZÁLEZ
Reunión:
Jornada; XXXVJornada Giulio Massarani de Iniciação Científica, Artística e Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro.; 2013
Resumen:
Os resultados apresentados fazem parte do projeto matriz ?Mudanças Climáticas Globais e o Funcionamento dos Ecossistemas Costeiros da Bacia de Campos: Uma Perspectiva Espaço-Temporal?, financiado pelo MCT/CNPq, do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD). O PARNA da Restinga de Jurubatiba (PELD sítio 5) é considerado uma área natural de elevada relevância e vulnerabilidade à degradação de seus recursos naturais frente às atividades humanas e às mudanças climáticas globais. Nosso projeto utiliza os aracnídeos de serapilheira como bioindicadores ao longo prazo. Têm-se como objetivos determinar trimestralmente a composição e abundância das comunidades de aranhas e opiliões, fazer estimativas da riqueza de espécies e detectar possíveis bioindicadores (espécies ou parâmetros populacionais) para ser monitorados ao longo prazo. A amostragem é realizada por dois métodos passivos: os extratores Winkler e Berlese-Tüllgren. Em cada campanha trimestral, nas formações de ?moitas? e ?floresta úmida?, coletam-se 8 m² de serapilheira divididos em 32 amostras de 0,25 m². A metade das amostras é processada pelo extrator Winkler e a outra pelo extrator Berlese-Tüllgren. A distribuição final é: 16 amostras de "floresta úmida" e 16 amostras de "moita" (8 da "moita" com Clusia sp. e 8 da moita sem Clusia sp.). Os extratores ficam ativos durante 120 horas e, posteriormente, as amostras são triadas e identificadas ao menor nível taxonômico possível. Considerando as quatro primeiras campanhas (1 ano) temos a riqueza (S) de 67 espécies sendo determinadas a partir de um total de 662 espécimes coletados. Um total de 20 espécies são novas para ciência o que constitui um fato relevante que acrescenta os valores de conservação desta área protegida. Os resultados sugerem, contrariamente à nossa hipótese inicial, que existem composições específicas únicas da formação de "moita" e que todos seus componentes não "derivam" necessariamente da "floresta úmida" (formação mais heterogênea, com mais recursos e menor rigidez ambiental). Esta composição especifica de cada compartimento é o primeiro parâmetro candidato a monitoramento em longo prazo. Analisando as abundâncias (nº. de indivíduos x espécie x 2 m2 de serapilheira) podemos ver que existem três espécies marcadamente mais abundantes. Duas delas são únicas da "floresta úmida": Anapis sp. n. (Araneae: Anapidae) e Salticidae sp. 04 (Araneae). Já na "moita" a espécie Thymoites sp. n. (Araneae: Theridiidae) é claramente dominante, sendo também única deste tipo de formação. A dominância destas espécies parece ser um distintivo característico das comunidades de aracnídeos da serapilheira da restinga de Jurubatiba e consequentemente uma boa característica bioindicadora deste tipo de ecossistema. Monitorar ao longo prazo a manutenção ou flutuação desta dominância constitui o segundo parâmetro candidato a monitoramento e um excelente objetivo para um projeto de pesquisa ecológica de longa duração.