THE BRAINCASE OF PRESTOSUCHUS CHINIQUENSIS (ARCHOSAURIA, RAUISUCHIA) DO MESOTRIÁSSICO DO RS (BIOZONA DE DINODONTOSAURUS, FORMAÇÃO SANTA MARIA)

MASTRANTONIO, B. M.; SCHULTZ, C.; DESOJO, J. B.; BITTENCOURT GARCIA, J

San Juan

Congreso; 1. IV Congreso Latino-Americano de Paleontología de Vertebrados.; 2011

UNSJ

A filogenia dos rauissúquios sempre esteve longe de ser consensual. Embora nos últimos anos vários trabalhos tenham acrescentado dados sobre este grupo, poucos têm dado atenção especial ao neurocrânio. Entre os rauissúquios, o neurocrânio  é descrito somente para Postosuchus kirkpatricki Chatterjee, 1985 (e.g. Weinbaum, 2002), Saurosuchus galilei Reig, 1959 (Alcober, 2000) Batrachotomus kupferzellensis Gower, 1999 (Gower, 2002) e Arizonasaurus babbitti Welles, 1947 (Gower & Nesbitt, 2006). Em Tikisuchus romeri Chatterjee e Majumdar, 1987 alguns elementos do neurocrânio estão preservados, mas não são descritos em detalhe, enquanto em Postosuchus alisonae Peyer et al., 2008 somente o Opistótico, o Proótico e o Supra-occipital estão preservados e descritos. A descrição do neurocrânio de Prestosuchus chiniquensis Huene 1938 se baseia no material UFRGS-PV0629T, coletado no município de Dona Francisca, RS e depositado na Coleção de Paleovertebrados do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Utilizou-se para comparações o espécime UFRGS PV-0156-T (Barberena, 1978) e as bibliografias existentes. Os elementos endocondrais que compõem o neurocrânio do espécime UFRGS-PV0629T encontram-se completamente preservados e firmemente ligados entre si e a alguns elementos do dermocrânio. Entretanto, assim como ocorre no espécime UFRGS-PV0156T, a visualização das suturas e de algumas estruturas é bastante difícil. Foram descritos os elementos visíveis na face externa (Basioccipital, Exoccipital, Supraoccipital, Opistótico, Proótico, Basisfenóide e o Lateroesfenóide). O Basisfenóide foi abordado em conjunto com o Paraesfenóide (Parabasisfenóide) uma vez que não foi possível identificar uma separação entre ambos. A descrição do neurocrânio deste espécime é de suma importância pois acrescenta dados inéditos a espécie tendo em vista que o material descrito por Huene (1938) não apresentava o neurocrânio preservado e o crânio do espécime UFRGS-PV0156T descrito por Barberena (1978) embora apresente esta região preservada, nao foi descrita em detalhe. Estas informações contribuem ainda para o conhecimento da osteologia dos rauissúquios e disponibilizam novas informações para futuras análises filogenéticas.