Adsorcao in vitro de aflatoxina B1 por Saccharomyces cerevisiae para utilización como aditivo en pisicultura

PINHEIRO RE; PEREYRA CM; NEVES JA; CALVET RM; ALVES VC; OLIVEIRA JT; LIMA CE; PEREIRA M; MURATORI MC

Río Cuarto

Congreso; VII Congreso Latinoamericano de Micotoxicología; 2013

Universidad Nacional de Río Cuarto

No Brasil foi estabelecido um protocolo para reavaliação do uso de adsorventes de micotoxinas como aditivo autorizado na alimentação animal. A proposta propõe a realização de testes in vitro simulando as condições do trato gastrointestinal de animais, utilizando pH 3,0 e 6,0. No entanto, os níveis de pH de espécies aquáticas, especificamente de tilápias do Nilo diferem dos estabelecidos no protocolo. Deste modo, é importante avaliar a eficiência da adsorção de micotoxinas em faixas de pH específicas para cada espécie. Objetivou-se avaliar a capacidade de adsorção in vitro de aflatoxina B1 (AFB1) por produto comercial utilizado na alimentação animal. O produto utilizado era composto por leveduras secas de Saccharomyces cerevisiae provenientes de cervejaria. Foram testadas cinco suspensões do produto comercial (0%; 25%; 50%; 75% e 100%) contra AFB1 (1000 ng mL-1)em microtubos para determinação da capacidade de adsorção e preparadas amostras de controle positivo (somente toxina AFB1) e controle negativo (somente PBS) para realização dos cálculos de adsorção. Para simular o pH do estômago e do intestino de tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) foram formuladas soluções tampão fosfato salino (PBS), com pH 1,5 e 7,5; respectivamente. As soluções nos microtubos foram homogeneizadas em agitador tipo Vortex e logo após estes foram introduzidos em uma centrífuga com agitação mecânica, a 37°C por uma hora e depois centrifugados por 10 min a 14000 rpm; os sobrenadantes foram quantificados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). O limite de detecção do método analítico utilizado foi de 0,4 ng g-1. Os dados obtidos foram analisados segundo os procedimentos do software SAS 9.0 e submetidos à análise de variância e comparação de médias pelo SNK, baseado no Lsmeans a 5% de probabilidade. Houve diferença (P<0,05) entre a capacidade antimicotoxina do produto nas concentrações utilizadas, ocorrendo um aumento proporcional de adsorção quando eram adicionadas maiores concentrações de leveduras secas de cervejaria. O produto comercial na concentração máxima foi capaz de adsorver AFB1 em quantidades de 123,9 a 215,59 (ng mL-1), em pH 1,5 e 7,5 respectivamente. De um modo geral, o pH 7,5 favoreceu a adsorção dos produtos comerciais nas condições experimentais testadas. Conclui-se que o produto comercial analisado, formado por leveduras secas de cervejaria, adsorve AFB1 em condições simuladas de pH gastrointestinal e poderiam ser candidatos potenciais para adsorção de AFB1.