INVESTIGADORES
PEREYRA Carina Maricel
congresos y reuniones científicas
Título:
TOXIGENIC MYCOFLORA OF TROUT'S RATIONS
Autor/es:
CALVET R., ; DALCERO A., ; CAVAGLIERI L., ; MAGNOLI C., ; ASTORECA A., ; PEREYRA C., ; ROSA C., ; GOMES PEREIRA M., ; COSTA A., ; MURATORI M.C.
Lugar:
Florianópolis, Brasil
Reunión:
Congreso; IV Congreso Latinoamericano de Higienistas de Alimento; 2009
Resumen:
MICOFLORA TOXÍGENA DE RAÇÕES DE TRUTAS TOXIGENIC MYCOFLORA OF TROUT´S RATIONS Rodrigo Maciel Calvet1*; Ana Maria Dalcero2; Lilia Cavaglieri2; Carina Magnoli2; Andrea Astoreca2; Carina Pereira2; Carlos Alberto da Rocha Rosa3; Maria Marlúcia Gomes Pereira4, Amilton Paulo Raposo Costa4; Maria Christina Sanches Muratori4. 1Doutorando em Ciência Animal, UFPI; 2Departamento de Imunologia e Microbiologia, UNRC; 3Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária, UFRRJ; 4Departamento de Morfofisiologia Veterinária, UFPI. * Autor para Contato. Palavras chave: fungos toxígenos; Cladosporium, Aspergillus; Penicillium; Fusarium, Onchorynchus mykiss. INTRODUÇÃO A Argentina produziu 3.014 t de organismos aquáticos em 2007, destes a produção de trutas correspondeu a mais de 1800 toneladas (61,81%) (LUCHINI & HUIDOBRO, 2008). Na aqüicultura a ração representa um dos principais custos operacionais no sistema produtivo, deste modo é fundamental que os criadores avaliem as formas de prevenção para reduzir os prejuízos e perdas causadas pela contaminação por fungos, devido sua capacidade de deterioraração e produção micotoxinas (CALVET, 2008). Aspergilus, Penicillium e Fusarium são capazes de produzir micotoxinas em alimentos e ração. Tais substâncias são responsáveis por  enfermedades nos animais e no homem (KELLER, et al., 2005). Diante do exposto, objetivouse identificar a micobiota toxígena de rações de trutas comercializadas. MATERIAL E MÉTODOS Foram adquiridas 21 amostras de 1,0 Kg de rações comerciais para trutas de produtores da região de Rio Cuarto, Córdoba, Argentina, no período de setembro a novembro de 2008. Para quantificação de fungos utilizou-se a metodologia decimal seriada (10-1 a 10-3) recomendada por Pitt e Hocking (1999). As placas eram observadas diariamente e selecionando-se as que apresentavam contagens entre 10 a 100 unidades formadoras de colônias por grama (ufc/g), por cinco a sete dias. (DALCERO et al, 1997). As colônias fúngicas pertencentes ao gênero Aspergillus sp foram identificadas utilizando as chaves de identificação de KLICH & PITT (2002). Após a incubação, observaram-se suas estruturas micromorfológicas e as características macroscópicas das colônias para identificação das espécies. Os resultados das contagens foram transformados em log10, correlacionados e submetidos à análise de variância e aplicação do teste de Mann-Whitney para comparação das médias utilizando o Pacote Estatístico SIGMA STAT. Para análise das variáveis quantitativas foi utilizado o teste não paramétrico do 2 Qui-quadrado (SAMPAIO, 2002). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados referentes às contagens de fungos, da atividade de agua e temperatura em rações de trutas estão representados na Tabela 1. Os meios utilizados DRBC e DG18 apresentaram a mesma eficiência para as contagens fúngicas (P=0,54), com valores aceitáveis de qualidade. Tabela 1 - Média das contagens de fungos em números logarítmicos (ufc/g) atividade de água e temperatura em rações de trutas comercializadas em Rio Cuarto, Córdoba, Argentina. Parametros analisados DRBC DG18 Temperatura (ºC) aW Media das amostras 3.28a 3.14a 25,4 0.45 DRBC= agar dicloran rose bengal cloranfenicol, DG18= agar dicloran glicerol 18%, aw= atividade de água. As espécies fúngicas prevalentes nas rações de trutas pertenciam aos géneros Aspergillus e seus teleomorfos (40,0%). Os demais gêneros também têm importancia para a qualidade higiênica das rações (Tabela 2). Foram identificadas 59 cepas de Aspergillus, com maior prevalência de A. flavus (64,4%) seguidos das espécies dos agregados niger (35,2%). Estes resultados são semelhantes aos de Calvet (2008) ao identificar a micobiota toxígena de rações para carcinicultura. O autor relata também sobre a possível presença de micotoxinas devido estas espécies serem potencialmente toxígenas. Tabela 2 - Fungos filamentosos isolados de rações de trutas comercializadas em Rio Cuarto, Córdoba, Argentina Género Fúngico Número de isolados Ocorrencia (%) Aspergillus e teleomorfos Penicillium spp Cladosporium spp Mucorlaes Fusarium spp Thrichoderma spp Alternaria spp 87a 0.5b 0.4b 0.3b 0.1b 0.1b 0.1b 85.3 4.9 3.9 2.9 1 1 1 Total 102 100 CONCLUSÃO As rações para alimentação de trutas apresentam contaminação variada de fungos micotoxígenos, com prevalência de Aspergillus e seus teleomorfos. REFERÊNCIAS CALVET, R. M. Identificação e isolamento de fungos toxígenos em carcinicultura marinha. 2008. 82f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Faculdade de Veterinária. Universidade Federal do Piauí, 2008. DALCERO, A. et al. Mycroflora and incidence of afaltoxin B1, zearalenone and deoxynivalenol in poultry feeds in Argentina. Mycopathologia, Dordrecth, v. 137, n. 3, p 179-184, 1997. LUCHINI, L. ; HUIDOBRO, S. P. Perspectivas en acuicultura: nivel mundial, regional y local. Secretaria de Agricultura, Ganaderia, Pesca y Alimentos (SAGPyA). Presidencia de La Nación Argentina, 2008. Disponível em: http:// www.sagpya.mecon.gov.ar/SAGPyA/pesca/acuicultura/06_Noticias/_archivos/ 081110_Perspectivas%20en%20acuicultura%20(nivel%20mundial,%20regional%20y%20local).pdf, Acesso em 13/02/09. KELLER, K. M. et al. Isolamento e identificação de fungos toxígenos isolados de amostras de rações destinadas à alimentação de eqüinos no estado do Rio de Janeiro. Rev. Univ. Rural, Sér. Ci. Vida. Seropédica, RJ, EDUR, v. 25, n. 1, Jan.- Jun., p.93-96, 2005.