CIMA   09099
CENTRO DE INVESTIGACIONES DEL MAR Y LA ATMOSFERA
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS SUSCETÍVEIS À DESERTIFICAÇÃO NA ARGENTINA ATRAVÉS DO ÍNDICE DE ARIDEZ DE MARTONNE
Autor/es:
DOYLE MOIRA EVELINA; BLANCO PEDRO SAMUEL
Lugar:
Santa Catarina
Reunión:
Simposio; Simpósio em Clima, Água, Energia e Alimentos (SIMCLEA); 2021
Institución organizadora:
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Associação Catarinense de Meteorologia (ACMet)
Resumen:
Atualmente, a desertificação é um fenômeno de grande repercussão pelos graves problemas que causa à sociedade e aos seus recursos. Em todo o mundo, ocorreram grandes perdas econômicas e migrações populacionais, como consequência direta do permanente déficit hídrico no ambiente que aumentou a aridez em muitas regiões. Portanto, se a situação continuar no futuro, novos setores podem se tornar mais áridos e suscetíveis à desertificação. Por isso, neste trabalho é examinada a distribuição da aridez na Argentina, analisando suas mudanças espaciais entre 2001-2010 e 2011-2018, e foram detectadas as áreas que aumentaram seu grau de aridez entre os dois períodos climáticos. Esta análise é importante porque oferece uma imagem das regiões da Argentina mais vulneráveis à desertificação no futuro. É utilizado o índice de aridez De Martonne, que pode representar o grau de aridez com base em dados de temperatura e precipitação. Foi elaborado um conjunto de mapas temáticos que mostram as mudanças e persistências do índice. Em geral, a aridez na Argentina mostra padrões espaciais que persistem ao longo do tempo, embora as áreas limítrofes das diferentes categorias de aridez sofram mudanças devido a avanços (ganhos) ou retrocessos (perdas) em outras categorias. Por um lado, as Sierras Subandinas, a Puna e os Andes ao sul de 30°S tornaram-se mais áridos de meados do século XX até o presente, enquanto do centro da Argentina à costa atlântica do sudoeste de Buenos Aires o clima tornou-se mais úmido. Em relação ao primeiro caso, o 53% do total das mudanças entre categorias é para condições da aridez, ou seja, 155676 Km2 da superfície do país tornaram-se mais áridos. Se considerarmos a superfície continental argentina, o 5,6% do território nacional (2791810 Km2) apresenta tendência à desertificação. Estas conclusões podem ser úteis para gerar estratégias de mitigação e adaptação à desertificação em regiões que se tornaram mais áridas e, portanto, são mais vulneráveis à desertificação no futuro.