INVESTIGADORES
FLORES Fernando sebastian
congresos y reuniones científicas
Título:
Aves silvestres como hospedeiros de Borrelia burgdorferi sensu lato no noroeste da Argentina
Autor/es:
FLORES FS; MUÑOZ-LEAL S; DIAZ LA; LABRUNA MB
Lugar:
Belem
Reunión:
Congreso; XIX Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária; 2016
Institución organizadora:
Colegio brasileiro de parasitologia veterinaria
Resumen:
Borrelia burgdorferi sensu lato (s. l.) é um complexo de bactérias pertencentes à classe Spirochaetes que inclui 20 geno-espécies, todas elas implicadas em um ciclo epidemiológico que inclui tanto carrapatos quanto vertebrados silvestres como reservatórios naturais. Dentro deste complexo de bactérias, as espécies Borrelia burgdorferi sensu stricto, Borrelia afzelii e Borrelia garinii são agentes etiológicos da doença de Lyme no hemisfério Norte. Estas espiroquetas são transmitidas por carrapatos do gênero Ixodes, os quais parasitam repteis, aves ou roedores. Particularmente na América do Sul, B. burgdorferi s. l. já foi detectada nos carrapatos Ixodes aragaoi no Uruguai e Ixodes pararicinus da Argentina, porém desconhecem-se as espécies de vertebrados que atuariam como reservatórios. Para determinar o rol das aves silvestres como hospedeiros de B. burgdorferi s. l., protocolos de PCR convencional e nested para amplificar o gene flaB foram realizados usando DNA extraído de 70 pools de carrapatos coletadas em aves do Parque Nacional El Rey, conformados pelas seguintes espécies: I. pararicinus (236 larvas, 11 ninfas), Haemaphysalis juxtakochi (89 larvas, 9 ninfas), Haemaphysalis leporispalustris (12 larvas y 4 ninfas), Haemaphysalis sp (10 larvas) e Amblyomma sp (10 larvas). Pools positivos compostos por larvas e ninfas de I. pararicinus e larvas de H. juxtakochi foram achados nos carrapatos coletados nas aves Turdus rufiventris, Syndactila rufosuperciliata e Troglodytes aedon. Como B. burgdorferi s. l. não apresenta transmissão vertical, a presença de DNA desta bactéria nas larvas coletadas sugere que as aves parasitadas serviram de fonte de infecção de Borrelia para as larvas. Neste sentido, por meio deste trabalho sugere-se que S. rufosuperciliata, T. aedon e T. rufiventris poderiam atuar como hospedeiros amplificadores de B. burgdorferi s. l. na Argentina.