Papel da temperatura de incubação e da concentração de cisteína na produção de bacteriocinas por Lactobacillus sakei subsp. sakei 2a.

MATHEUS DE SOUZA BARBOSA; KATIA GIANNI DE CARVALHO LIMA; MONIKA FRANCISCA KRUGER; DANIELLE NADER FURTADO; JANAINA LOPES; MARIA TERESA DESTRO; MARISA LANDGRAF; BERNADETTE DORA GOMBOSSY DE MELO FRANCO

Brasília

Congreso; XXIV Congresso Brasileiro de Microbiologia; 2007

A cisteína é um aminoácido extensamente utilizado em meios de cultura como agente redutor por criar um ambiente mais favorável à multiplicação de microrganismos microaerófilos, como bactérias láticas. Sabendo-se que a produção de bacteriocinas por estes microrganismos é dependente da temperatura de incubação e que os níveis de  atividade da bacteriocina nem sempre estão relacionados com a taxa de multiplicação  ou o número populacional da cepa produtora, nesse estudo foi avaliada a produção de bacteriocinas por Lactobacillus sakei subsp. sakei 2a em diferentes temperaturas (25, 30 e 37ºC) e concentrações de cisteína (0,5; 1 e 2,5 mg/mL) em caldo MRS. Após 18h de incubação nas diferentes temperaturas e concentrações de cisteína testadas, as células foram submetidas a uma extração ácida para remoção das bacteriocinas adsorvidas à superfície, repetindo-se a medida da atividade antimicrobiana nesse material. Ao analisar o sobrenadante, verificou-se que a melhor produção de bacteriocina ocorreu em 10h à 25ºC em MRS sem cisteína. No entanto, ao analisar o extrato ácido, verificou-se que a adição de 0,5mg/mL de cisteína ao MRS aumentou a quantidade de bacteriocina detectável. Por outro lado, a temperatura que apresentou a melhor taxa de multiplicação foi 37ºC, diferindo da melhor temperatura de produção de bacteriocinas. Em todos os experimentos houve um decréscimo do pH de 6 para 4 após 18h em todas as temperaturas e concentrações de cisteína testadas. Concluiu-se que as melhores condições para produção de bacteriocinas por L. sakei  2a são temperatura de 25ºC em meio liquido MRS contendo 0,5mg/mL de cisteína.