BECAS
IZQUIERDO Juliana VerÓnica
congresos y reuniones científicas
Título:
Isolamento reprodutivo e divergências morfológicas entre ecótipos de Epidendrum fulgens (Orchidaceae)
Autor/es:
BEATRIZ LUCAS ARIDA; MARCELO COSTA TEIXEIRA; CAROLINE TURCHETTO; JULIANA V. IZQUIERDO; SANTIAGO BENITEZ-VIEYRA; FABIO PINHEIRO
Lugar:
Campinas
Reunión:
Simposio; II Simpósio de Biologia Vegetal; 2022
Institución organizadora:
Universidade Estadual de Campinas
Resumen:
Populações de uma mesma espécie que ocorrem em ambientescontrastantes estão sujeitas a pressões de seleção natural divergentes devido àscaracterísticas ambientais distintas. Isso pode gerar uma diminuição do fluxo gênicoentre elas, que pode levar ao desenvolvimento de barreiras reprodutivas, além deuma variação intraespecífica de atributos morfológicos, entre as populações. Esteprocesso é chamado de especiação ecológica, e procede inicialmente por uma faseecotípica, e posteriormente, com a evolução dos mecanismos de isolamentogenético até a possível formação de uma nova espécie. Este projeto analisou acompatibilidade reprodutiva e a variação morfológica de flores entre seis populaçõesde Epidendrum fulgens (Orchidaceae), três delas localizadas em área de restinga etrês em área de afloramentos rochosos. Uma vez que as populações de restinga ede afloramentos rochosos ocorrem em ambientes contrastantes e apresentamelevadas diferenças genéticas, representando dois ecótipos distintos, este projetobuscou detectar entre elas diferenciação morfológica floral e evidências deisolamento reprodutivo. Para testar nossas hipóteses, realizamos experimentos decruzamentos manuais entre indivíduos de E. fulgens das seis populações mantidosem cultivo, a fim de detectar evidências de isolamento reprodutivo, além de análisesde morfometria geométrica floral em indivíduos coletados em campo, a fim dedetectar padrões de diferenciação morfológica. Encontramos grande variação nafertilidade das sementes de cruzamentos entre populações de ecótipos distintos, oque demonstra que há certo grau de isolamento reprodutivo pós-zigótico entre osecótipos. Além disso, também detectamos um forte padrão de diferenciaçãomorfológica entre flores de ecótipos distintos, de modo que todas as análisesmorfométricas demonstraram forte padrão de divergência de forma e tamanho floralentre ecótipos distintos. Concluímos que os diferentes hábitats aos quais aspopulações de E. fulgens estão sujeitas exercem uma pressão de seleção sobreelas, o que indica um possível estágio inicial de especiação ecológica ocorrendo naespécie.