Os indigenismos católicos no Cone Sur e sua luta pelos direitos indígenas: o Conselho Indigenista Missionário (Brasil) e o Equipo Nacional de Pastoral Aborigen (Argentina), 1984-1994

MIGUEL LEONE

Rio de Janeiro

Taller; II Seminário Interno do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 2016

Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Em minha investigação doctoral conceptualicé baixo o termo pastoral aborigen a uma forma de indigenismo eclesiástico caracterizada por promover a organização e a ?tomada de consciência? dos povos originarios e tentar intervir no planejamento e execução da política indigenista estatal. Originalmente, este tipo de indigenismo inscreveu-se nas visões liberacionistas próprias da teología da libertação. Em 1972, este tipo de práticas pastorais confluyeron na articulação, dentro da CNBB, do Conselho Indigenista Missionario (CIMI). Uma década mais tarde, em Argentina foi criado o Equipo Nacional de Pastoral Aborigen, dependente da Conferência Episcopal Argentina. Ambas entidades participaram, de diferente forma, na sanção de direitos indígenas nas reformas constitucionais de seus países. O CIMI, na reforma constitucional de 1988. ENDEPA, na reforma de 1994. O objetivo deste projeto é analisar comparativamente as lutas pelos direitos indígenas no CIMI e ENDEPA entre 1984 e 1994. Sustenta a hipótese de que os vínculos que ENDEPA manteve com o CIMI lhe brindaram marcos de referência e ação a suas estratégias de intervenção em nome dos direitos indígenas.