A expressão das emoções e a segunda pessoa (ou quanto podemos saber da mente do outro através de sua expressão)

PEREZ, DIANA INÉS

Debates contemporaneos em filosofia da mente

FiloCzar

Lugar: San Pablo; Año: 2018; p. 79 - 94

As teses que defenderei neste trabalho são as seguintes: (1) Há percepção direta de alguns estados mentais: sensações, emoções básicas, intenções dirigidas aos objetos (basicamente percebemos diretamente aqueles estados mentais que podemos mostrarsem dizer, ou seja, sem recorrer à linguagem para expressá-los; chamarei a esses de estados mentais de ?tipo 1?). Para mostrar como isto é possível, temos que repensar a relação expressão-emoção: não se trata de uma conexão contingente, mas necessária, constitutiva. (2) Não há percepção direta da mente do outro nos casos nos quais existam estados mentais com conteúdo proposicional, dado que se trata de estados mentais que não podemos mostrar sem dizer alguma coisa (chamarei estes de estados mentais de ?tipo 2?). (3) Como conciliar estas ideias com as teses neoexpressivistas dos avowals defendida entre outros como Bar-On (2004)? A ideia que defenderei aqui é a de que existem dois sentidos diferentes nos quais se pode expressar os estados mentais: quando nós falamos para expressar os estados de tipo 1 (isto é, os que se podem ver diretamente) e quando expressamos os de tipo 2 (aqueles que não se veem diretamente). Minha ideia é a de que no caso dos estados mentais do tipo 2 o que digo ao mostrá-los (ou seja, ao autoatribuí-los) os constituem nos estados mentais que são e que previamente não existiam. Em oposição, no caso 1 o estado mental existe independentemente de que alguém seja capaz de se autoatribuir.(ACLARACION: EN EL ADJUNTO FIGURA UN ISBN DIFERENTE, QUE EL SISTEMA NO ME TOMA COMO VALIDO, PERO ES EL QUE FIGURA EN EL LIBRO PUBLICADO)