INVESTIGADORES
VALES Damian Gustavo
artículos
Título:
Intensive fishing has not forced dietary change in the South American fur seal Arctophoca (=Arctocephalus) australis off Río de la Plata and adjoining areas
Autor/es:
VALES, DAMIÁN GUSTAVO; SAPORITI, FABIANA; CARDONA, LUIS; OLIVEIRA, LARISSA ROSA DE; SANTOS, ROBERTA AGUIAR DOS; SECCHI, EDUARDO R.; AGUILAR, ALEX; CRESPO, ENRIQUE ALBERTO
Revista:
AQUATIC CONSERVATION-MARINE AND FRESHWATER ECOSYSTEMS
Editorial:
JOHN WILEY & SONS LTD
Referencias:
Lugar: LOndres; Año: 2014 vol. 24 p. 745 - 759
ISSN:
1052-7613
Resumen:
ABSTRACT1. South American fur seals (Arctophoca australis) inhabiting the Río de la Plata plume and adjoining areas are known to forage upon a wide range of prey (i.e. pelagic, demersal and benthic species).2. Since the 1960s, trawlers have operated in the area, targeting primarily demersal and benthic species. Carbon and nitrogen stable isotope ratios from 54 adult male fur seals dead stranded along the coast of southern Brazil from 1994 to 2011 were analysed to investigate whether the intensification of fishing in Río de la Plata and adjoining areas since the mid-1990s has reduced the availability of benthic and demersal prey to the growing population of South American fur seals.3. No significant correlation between d13C or d15N values and stranding year was found, thus revealing that fur seals maintained a steady diet over 17 years.4. Reconstruction of the isotopic landscape of the study area using potential prey of fur seals showed a spatial segregation, with prey from southern Brazil typically enriched in 13C and depleted in 15N compared with those from northern Argentina. Most adult male fur seals relied mainly on small pelagic fishes and squid captured on the continental shelf, whereas medium pelagic and demersal?benthic prey played a minor role in the diet.5. It is concluded that South American fur seals rely on pelagic resources (i.e. small pelagic fish and squid) more strongly than previously thought and that their diet does not reflect the varying abundance of demersal?benthic resources in the area.6. As long as small pelagic fish remain under-exploited in the area, competition between fisheries and fur seals is not expected. However, it is difficult to foresee how changes in the structure and dynamics of the ecosystem caused by fisheries may affect South American fur seal conservation in the long term.RESUMEN1. El lobo fino sudamericano (Arctophoca australis) que habita frente al Río de la Plata y áreas adyacentes se alimenta de un amplio rango de presas (pelágicas, demersales y bentónicas).2. Desde los 60s, barcos arrastreros han operado en el área focalizándose principalmente en especies demersales y bentónicas. Con el fin de investigar si la intensificación de la pesca en el Río de la Plata y áreas adyacentes desde mediado de los 90s ha reducido la disponibilidad de presas bentónicas y demersales para la creciente población de lobo fino sudamericano, se analizó la proporción de isótopos estables de carbono y nitrógeno de 54 lobos finos machos adultos varados muertos a lo largo de la costa del sur de Brasil desde 1994 hasta el 2011.3. No se halló correlación significativa entre los valores de d13C o d15N y el año de varamiento, revelando que los lobos finos mantuvieron una dieta estable durante 17 años.4. La reconstrucción del paisaje isotópico utilizando presas potenciales de los lobos finos en el área de estudio mostró una segregación espacial, con las presas del sur de Brasil típicamente enriquecidas en 13C y empobrecidas en 15N en comparación con las presas del norte de Argentina. La dieta de la mayor parte de los machos adultos se basó en peces pelágicos pequeños y calamares capturados en la plataforma continental; mientras que los peces pelágicos medianos y bentónicos demersales desempeñaron un rol menor en la dieta.5. Se concluye que el lobo fino sudamericano basa su dieta en recursos pelágicos (peces pelágicos pequeños y calamares) con mayor intensidad de lo pensado y que su dieta no refleja la variación en la abundancia de los recursos bentónicos demersales en el área.6. Mientras la pesca de peces pelágicos pequeños permanezca sub-explotada en el área, no se espera que haya competencia entre las pesquerías y  los lobos finos. No obstante, es difícil predecir como los cambios en la estructura y dinámica del ecosistema producidos por la pesquerías puedan afectar la conservación del lobo fino a largo plazo.RESUMO1. Os lobos-marinhos-sul-americanos (Arctophoca australis) habitam a região da pluma do Rio da Prata e áreas adjacentes e são conhecidos por alimentarem-se de uma ampla gama de presas (ex. espécies pelágicas, demersais e bentônicas).2. Desde a década de 1960, barcos de arrasto vem operando na área, tendo como alvo principal as espécies demersais e bentônicas. Neste estudo foram analisadas as taxas de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio de 54 machos adultos de lobo-marinho-sul-americano, os quais foram encontrados mortos ao longo da costa sul do Brasil entre 1994 e 2011, a fim de investigar se a intensificação da pesca no Rio da Prata e áreas adjacentes desde meados da década de 1990s chegou a reduzir a disponibilidade de presas demersais para a crescente população destes lobos-marinhos.3. Não foi encontrada nenhuma correlação entre o ano de encalhe dos animais e a abundância  relativa  dos  isótopos  de  carbono  d13 C ou nitrogênio d15 N presentes nas amostras estudadas, revelando que os lobos-marinhos-sul-americanos da região mantiveram uma dieta estável por mais de 17 anos.4. A reconstrução do cenário isotópico da área de estudo através da análise das potencias presas dos lobos-marinhos-sul-americanos demonstrou uma segregação espacial, com as presas do sul do Brasil tipicamente enriquecidas em 13 C e empobrecidas em 15 N em comparação com as presas do norte da Argentina. A maioria dos machos adultos consumiu principalmente pequenos peixes pelágicos e lulas encontradas na plataforma continental, enquanto que as presas meso-pelágicas e demerso-bentônicas tiveram um papel secundário na sua dieta.5. Concluiu-se que os lobos-marinhos-sul-americanos na área de estudo dependem mais do que se acreditava do consumo de recursos pelágicos (ex.: pequenos peixes pelágicos e lulas) e que sua dieta não apresentou mudanças na abundância de recursos demerso- bentônicos na região.6. Enquanto os pequenos peixes pelágicos permanecerem pouco explorados na região, não se espera que ocorra competição entre a pesca e os lobos-marinhos. No entanto, é difícil prever como as mudanças na estrutura e na dinâmica do ecossistema causadas pela pesca poderiam afetar a conservação do lobo-marinho-sul-americano a longo prazo.