INVESTIGADORES
VALENTINUZZI veronica Sandra
artículos
Título:
Daylength shapes entrainment patterns to artificial photoperiods in a subterranean rodent
Autor/es:
IMPROTA CG; ODA GA; FLÔRES DEFL; VALENTINUZZI VS
Revista:
JOURNAL OF BIOLOGICAL RHYTHMS.
Editorial:
SAGE PUBLICATIONS INC
Referencias:
Lugar: Thousand Oaks, California.; Año: 2022
ISSN:
0748-7304
Resumen:
Ciclos ambientais terrestres, como o de claro/escuro diário e o de variação fotoperiódica anual, são capazes de sincronizar ritmos endógenos com períodos de, respectivamente, 24h e 1 ano. Pouco se sabe sobre a existência de ritmicidade anual e de fotoperiodismo em organismos que vivem em ambientes fóticos extremos, como cavernas, túneis subterrâneos. Nosso grupo tem realizado estudos cronobiológicos em uma espécie de roedor subterrâneo neotropical (Ctenomys aff. knighti) conhecido como tuco-tuco. Os tuco-tucos, embora passem a maior parte de suas vidas em túneis subterrâneos, apresentam ritmos diários de atividade locomotora e de temperatura corporal, sendo esses ritmos sincronizados por ciclos de claro/escuro, tanto em campo como em laboratório. Trabalhos anteriores de nosso grupo têm sugerido a existência de sazonalidade nos padrões diários dos ritmos de atividade, em registros realizados em laboratório e em arenas seminaturais. OBJETIVOS: No projeto em andamento, nosso objetivo é verificar os padrões de sincronização do ritmo de atividade em roda de tuco-tucos por meio de fotoperíodos extremos se atentando à relação de fase entre o início da atividade e o horário em que as luzes se apagam e a duração dessa atividade (α); realizando também uma abordagem comparativa entre verão e inverno, dada a diferença observada nos padrões de sincronização entre estas estações em estudos anteriores. MÉTODOS: Os animais foram capturados em seu habitat (Deserto do Monte - Argentina - 28°48´S 66°56´W) e conduzidos ao laboratório. Em laboratório, sob temperatura constante e alimentação ad libitum, tiveram seu ritmo de atividade em roda monitorado em caixas de isolamento sob fotoperíodos artificiais (sincronizações) e escuro constante (pós-efeitos). A medida de atividade em roda foi escolhida pois, dentre os ritmos medidos em laboratório, é o que apresenta ritmos mais robustos e não necessita de cirurgias para implantes de sensores. Além de animais recém-capturados, são utilizados também animais de estudos anteriores que foram mantidos em laboratório, em fotoperíodo natural, aumentando tanto a amostra estudada, quanto possibilitando outros testes. RESULTADOS: Fotoperíodos muito extremos, e.g., CE 21:3, não apresentam evidências fortes de sincronização. Estudos conduzidos entre 2015 e 2017 apontam que, nos pósefeitos, o α da atividade em roda é significativamente diferente entre tuco-tucos capturados no verão (média=5,42h, N=17) e os capturados no inverno (média=7h, N=18). CONCLUSÕES: Tuco-tucos, mesmo sendo subterrâneos, possuem a capacidade de processar a informação fotoperiódica, que marca cada estação do ano. Fotoperíodos muito extremos apresentam resultados inconclusivos quanto ao arrastamento do ritmo, embora possuam importância no protocolo.