MACNBR   00242
MUSEO ARGENTINO DE CIENCIAS NATURALES "BERNARDINO RIVADAVIA"
Unidad Ejecutora - UE
congresos y reuniones científicas
Título:
Osteodermos como estruturas defensivas em titanosauria (dinosauria; sauropoda): investigação através da análise de elementos finitos.
Autor/es:
AGUSTIN MARTINELLI; SILVA JUNIOR, JULIAN C.G.; MARINHO, THIAGO DA SILVA; FELIPE MONTEFELTRO; LANGER, MAX
Reunión:
Congreso; XXVI Congresso Brasileiro de Paleontologia; 2019
Resumen:
Titanossauros são o clado mais diverso de saurópodes do Cretáceo. Uma das várias características que os tornam únicos é a presença de osteodermas. No Brasil, osteodermas de titanossauros foram reportados para as Formações Marília e Adamantina na Bacia Bauru, e na Formação Alcântara na Bacia São Luís-Grajaú. Apesar do registro relativamente abundante ao redor do mundo, ainda restam diversas questões sobre a função destas estruturas ou como seria sua distribuição no corpo destes animais. As hipóteses propostas sugerem que os osteodermas dos saurópodes funcionariam como reserva de cálcio, seja para oviposição ou para auxiliar no crescimento, seriam estruturas de defesa ou display sexual ou ainda teriam algum papel na termorregulação destes animais. A primeira hipótese tem sido mais aceita, pois muitos osteodermas apresentam cavidades internas, demostrando mobilização deste elemento ao longo da ontogenia. Aqui testamos uma das hipóteses propostas, a de que estas estruturas poderiam cumprir um papel de defesa. Para isso, utilizamos Análise de Elementos Finitos (FEA) através de uma combinação de técnicas para a segmentação das superfícies, construção do sólido tetraédrico, aplicação de forças e resolução do modelo. Para testar esta hipótese, aplicamos a FEA em dois osteodermas, um com reabsorção de cálcio (perda de cerca de 20% de volume) e outro maciço (sem perda de volume), oriundos da Formação Marília na região de Uberaba-MG. Os osteodermas foram submetidos a duas simulações de mordidas na superfície dorsal. Uma de 2500 N, para simular mordida de crocodilos predadores do Mesozoico (força estimada com base nos táxons viventes de Crocodylia), e outra de 3341 N com base na mordida estimada para o dinossauro terópodo Carnotaurus sastrei. As simulações mostram que o osteoderma com reabsorção sofreu mais estresse das mordidas ao longo de toda a superfície dorsal e alcançando a superfície ventral, sendo que no maciço o estresse não se dissipou ao longo da superfície dorsal. Estes resultados preliminares sugerem que osteodermas poderiam servir como estruturas de defesa, desde que não tenham passado por reabsorção de cálcio. Isso poderia ser especialmente útil para indivíduos juvenis, que poderiam utilizar estes osteodermas para se protegerem de ataques tanto de crocodilos como de terópodes.