INVESTIGADORES
PEICHOTO Maria elisa
congresos y reuniones científicas
Título:
Influência das plaquetas na progressão da dermonecrose induzida pelo veneno de Loxosceles gaucho em coelhos
Autor/es:
FLÁVIO TAVARES; MARÍA CRISTINA CIRILO DE SOUSA E SILVA; KÁTIA BÁRBARO; MARÍA ELISA PEICHOTO; MARCELO LARAMI SANTORO; ISA SIGUEKO SANO-MARTINS
Lugar:
Corrientes
Reunión:
Encuentro; VI Reunión Argentina de Patología Veterinaria y II Seminario de la Subdivisión Argentina de la Fundación Charles Louis Davis; 2008
Institución organizadora:
Facultad de Ciencias Veterinarias de la Universidad Nacional del Nordeste
Resumen:
Loxoscelismo é o termo que designa o acidente provocado por picada de aranhas do gênero Loxosceles, sendo um dos mais importantes e recorrentes acidentes araneídicos em algumas regiões do mundo. Devido à alta infestação intradomiciliar promovidas por estas aranhas em algumas regiões do globo terrestre, além do acometimento a seres humanos, o loxoscelismo também passa a despertar o interesse da classe médica veterinária, pois pode acometer animais de companhia. A principal característica destes acidentes é o surgimento de uma lesão dermonecrótica, que se origina a partir do local da picada e cuja progressão e espalhamento sofrem influência gravitacional. Em investigações prévias, nosso grupo observou em coelhos injetados com o veneno loxoscélico um quadro intenso e precoce de trombocitopenia, que se estabeleceu concomitante ao quadro de leucopenia e de neutropenia. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi investigar o papel desempenhado pelas plaquetas na progressão da lesão dermonecrótica causada pelo veneno de Loxosceles gaucho. Para tanto, foram produzidos em cabra anticorpos dirigidos a plaquetas de coelho, que foram purificados, testados e constatados como efetivos na indução do quadro trombocitopênico em coelhos. Para o delineamento experimental, coelhos machos adultos foram injetados intradermicamente com 5 µg de veneno total de L. gaucho, utilizando-se grupos de animais trombocitopênicos e os respectivos grupos controles, com contagem normal de plaquetas. Amostras de sangue foram recolhidas antes e após a administração do anticorpo, e também nos tempos de 4, 24 e 120 horas após a administração do veneno. Transcorridos esses tempos, os animais foram devidamente sacrificados e amostras da lesão dermonecrótica foram coletadas para estudos histopatológicos. Nestas análises, verificou-se que os fenômenos de hemorragia, edema, presença de infiltrado leucocitário e formação de escaras necróticas foram mais intensos em animais trombocitopênicos do que nos animais controles. Nos estudos de atividade fagocítica de polimorfonucleares (células consideradas cruciais para o desenvolvimento da dermonecrose induzida por esse veneno), isolados a partir do sangue periférico dos animais experimentais, não se observaram diferenças significativas entre os grupos experimentais, em nenhum dos tempos estudados. Os presentes resultados evidenciam que a depleção das plaquetas promoveu efeitos mais intensos e severos na progressão da lesão dermonecrótica, o que sugere para a série plaquetária um possível papel de proteção e contenção do espalhamento do veneno loxoscélico e, conseqüentemente, da lesão dermonecrótica por ele induzida.