BECAS
CRUZ MarÍa Jimena
congresos y reuniones científicas
Título:
Digerindo reflexões: novas perspectivas sobre a arqueologia da alimentação
Autor/es:
MARÍA JIMENA CRUZ; FERNANDA CODEVILLA SOARES
Lugar:
Belo Horizonte
Reunión:
Congreso; VI Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) Sudeste; 2016
Institución organizadora:
Sociedade de Arqueologia Brasileira
Resumen:
A necessidade de comer é compartilhada por todas as pessoas ao longo do tempo e do espaço (SIMMEL, 2004). Pode-se dizer que, além de uma atividade biológica, a alimentação é um fenômeno cultural, que implica em uma diversidade de práticas e dimensões da vida social, as quais dependem do contexto onde são realizadas e possuem diferentes significados, que variam de acordo com condições culturais e históricas específicas de onde são produzidas. Analisar a alimentação como uma questão social total permite pensá-la como uma linha de investigação, a partir da qual distintas problemáticas sociais e simbólicas de um determinado grupo podem ser abordadas. Nesse sentido, a alimentação torna-se um pretexto, a partir do qual novas possibilidades de estudo são desenvolvidas.Nessa perspectiva, diferentes aspectos da alimentação têm sido trabalhados por disciplinas variadas, tais como: antropologia, sociologia, filosofia, história, geografia, psicologia e outras. No caso da arqueologia, o interesse pela alimentação é amplo e existem formas diversas de abordá-la, desde enfoques voltados a dieta e nutrição, até abordagens voltadas aos padrões de subsistência, aspectos simbólicos da comensalidade. Nas últimas décadas, novas linhas de pesquisa influenciadas por enfoques teoricos mais interpretativos influenciados pela teoria social, vêm sendo desenvolvidos, voltadas ao estudo da identidade, do contato cultural e de questões sociais mais amplas.Partindo destes enfoques interpretativos, procuramos no presente trabalho, analisar diferentes linhas de evidencia buscando refletir sobre o potencial da alimentação como um meio de abordar questões sociais amplas, tendo a indústria foqueira Antártica do século XIX, como estudo de caso