Mapeamento citogenético de Passiflora alata e Passiflora watsoniana revela conservação de sintenia no subgênero Passiflora (Passifloraceae)

SILVA, YKD; SADER, MA; VIEIRA, MLC; PEDROSA-HARAND, A

Londrina, PR

Congreso; V Reunião Brasileira de Citogenética e Citogenômica; 2017

SBG

O gênero Passiflora L. é composto por aproximadamente 500 espécies. Estas apresentam diferentes números haploides (n = 6, 9, 10 e 12), bem como variabilidade no número de sítios de DNA ribossomal (DNAr). O subgênero Passiflora Juss. é um dos mais diversos e inclui espécies de importância alimentícia e medicinal, além de várias com potencial ornamental, como Passiflora edulis (maracujá azedo), Passiflora alata Curtis (maracujá doce) e Passiflora watsoniana Mast., esta última endêmica do Nordeste do Brasil. As três apresentam 2n = 18 e dois (P. edulis, P. alata) ou três (P. watsoniana) pares de sítios de DNAr 35S. Em P. edulis, esses sítios estão localizados nos cromossomos 7 e 8, identificados com BACs cromossomo-específico. Com o objetivo de investigar a conservação de sintenia desses cromossomos entre essas espécies, foi usada a técnica de BAC-FISH com BACs 173B16 e 164M13 para os cromossomos 7 e 8, respectivamente, seguida de FISH com DNAr. Assim como em P. edulis, sítios de DNAr 35S foram observados em braços opostos aos BACs marcadores dos cromossomos 7 e 8 de ambas espécies. No entanto, enquanto em P. alata o 35S está no braço curto do cromossomo 7 e no longo do 8, como em P. edulis, em P. watsoniana está no braço longo de 3 pares cromossômicos, sendo dois deles conservados nos cromossomos 7 e 8. A mudança entre braços curto e longo no cromossomo 8 de P. watsoniana, assim como a presença de um sítio extra de DNAr, é compatível com sua maior distância filogenética e indica alterações cariotípicas mesmo entre espécies com n = 9 do subgênero Passiflora.