BECAS
SADER Mariela Analia
congresos y reuniones científicas
Título:
Análise in silico da fração de DNA repetitivo do pinheiro brasileiro -Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
Autor/es:
JÉSSICA NASCIMENTO; SADER M. A.; GUERRA MARCELO
Lugar:
Campus Juazeiro (BA)
Reunión:
Congreso; XXIII Encontro de Genética do Nordeste (Engene); 2021
Institución organizadora:
Sociedad brasilera de Genetica
Resumen:
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze é uma espécie botânica pertencente à família de gimnospermas Araucariaceae. Também conhecida como pinheiro-brasileiro, essa espécie se localiza do sul a sudeste brasileiro, com pequenas manchas na Argentina e Paraguai,possuindo uma elevada importância econômica e ecológica, tanto por sua madeira, pela qualfoi super explorada por anos, tanto como também por seu potencial ornamental. Do ponto devista citogenético, A. angustifolia possui valor 2C = 44,70, com 2n=26 cromossomos, efórmula cariotípica 4SM + 22M, sendo 18 metacêntricos maiores, quatro metacêntricosmenores e quatro submetacêntricos e apenas um par de bandas CMA+/DAPI-. Apesar dosdados citogenéticos, nenhum estudo a nível genômico e molecular foi registrado para aespécie, portanto este trabalho teve como objetivo analisar a fração repetitiva do genomado pinheiro brasileiro, através do sequenciamento Illumina de baixa cobertura e de suaposterior análise no RepeatExplorer, para identificação e anotação de todos oscomponentes repetitivos presentes em seu genoma. Para isso, foram analisados 4.289.145 milhões de reads, sendo 1.206 desses reads únicos. Nossos resultadosmostraram que A. angustifolia possui 37,61% do seu genoma composto por sequênciasrepetitivas, desses 6,82% foram dados como elementos não classificados. Três DNAs satélites foram identificados na análise e sua fração foi de 0,34% do genoma e umaporção de 0,091% foi atribuída à DNAr. Além disso, tanto elementos de classe I (LTR enão-LTR) e classe II, também foram identificados no genoma da espécie. Dentre oselementos LTR, os do tipo Ty1-Copia foram menos abundantes ocupando apenas 9,31%do genoma, enquanto que os elementos do tipo Ty3-Gypsy ocuparam 11,65% da fraçãorepetitiva. Dentre os elementos do tipo Ty1-Copia, apenas quatro foram identificados,sendo o Ivana mais presente com 7,85%, seguido por SIRE com 0,60%, Tork com0,48% e Gymco II com 0,35%. Já dos elementos Ty3-Gypsy, os que mais se destacaramforam Tat com 4,01%, Ogre com 2,05%, seguido de Tat II com 2,02%. Outroselementos ainda figuraram a lista dos Ty3 como o CRM, Galadriel, Reina, Tekay, Ota eAthila, tendo como o menos abundante o Galadriel com 0,05% do genoma. Umaporcentagem de 5,50% do genoma foi atribuída a outros elementos LTR que não foramclassificados. Elementos de Classe I não LTR também foram anotados, como oelemento LINE com o valor de 3,73% e o Penelope com 0,06% do genoma. Dos elementos de Classe II apenas um tipo foi identificado abrangendo apenas 0,07% dogenoma ? hAT. A partir desses dados, podemos inferir que os elementos móveis deClasse I são os mais abundantes no genoma do pinheiro brasileiro, dentre eles o Ivana sedestaca abrangendo mais que 7% do genoma, podendo ter sido um dos principaiscontribuidores do aumento da fração repetitiva nessa espécie. Além disso, esses dadosnos dão suporte para a continuação de trabalhos moleculares, com investigação emapeamento dessas sequências altamente repetitivas no genoma da espécie