BECAS
GARCÍA MARTÍNEZ Emily Sol
congresos y reuniones científicas
Título:
Enzimas exógenas provenientes de resíduos pesqueiros utilizadas como ingredientes funcionais em dietas aquícolas: avaliação na lagosta de água doce Cherax quadricarinatus
Autor/es:
EMILY SOL GARCÍA MARTÍNEZ; LIANE STUMPF; PAUL NICOLÁS SARMIENTO CÁRDENAS; GONZALO COCCOLO; PAU GERMINO SWINYARD; VALENTÍN VILLAMONTE; ANALÍA VERÓNICA FERNÁNDEZ GIMÉNEZ; LAURA SUSANA LÓPEZ GRECO
Lugar:
Florianápolis
Reunión:
Congreso; X Aquaciência - Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática; 2023
Institución organizadora:
Universidad Federal de Santa Catarina
Resumen:
Há um grande interesse na utilização de enzimas exógenas (provenientes de rejeitos pesqueiros) como uma alternativa para aumentar a digestibilidade dos alimentos e melhorar a eficiência alimentar e o desempenho dos animais. Na aquicultura, isto significaria uma redução nos custos de produção e da contaminação ambiental, tornando-a mais sustentável. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição das enzimas digestivas exógenas (resíduos do camarão Pleoticus muelleri) na ração sobre a capacidade digestiva, reservas energéticas, digestibilidade e crescimento dos juvenis da lagosta de água doce Cherax quadricarinatus. Sessenta juvenis pesando ~1,5 g, foram distribuídos aleatoriamente em dois tratamentos (30 réplicas/tratamento): dieta controle (C) e dieta com enzimas exógenas (EE) a uma concentração de 38 U/100g. Ambas dietas foram compostas por 25% de proteína bruta e 15% de lipídeos e a taxa de alimentação diária foi de 3% do peso corporal durante 90 dias. Com EE houve um aumento na atividade enzimática específica das peptidases a pH 8 e a pH 6 durante todo o experimento, em comparação com o controle. A pH 8, este aumentou foi de ~128% depois de 45 dias, porém, reduziu-se a ~73% ao final do experimento. A pH 6, este aumentou foi de ~90% depois de 45 dias, porém, reduziu-se a ~27% ao final do experimento. As atividades específicas das lipases foram similares entre os tratamentos, contudo, foi observada uma tendência ao incremento desta enzima também no tratamento EE; em princípio este incremento foi leve (~7%) até a metade do experimento para logo depois incrementar a ~34% ao final do experimento. Enquanto às reservas energéticas, a concentração de lipídeos e glicogênio foi maior no hepatopâncreas e na musculatura abdominal, respectivamente, da lagosta alimentada com EE. Não obstante, a concentração de proteínas foi menor nestes mesmos tecidos. Tanto a digestibilidade como o crescimento final não foram diferentes entre os tratamentos. Os resultados indicariam que o aumento da capacidade digestiva na lagosta foi resultante da adição das enzimas exógenas à ração e essa maior capacidade permitiria uma maior disponibilização de aminoácidos e ácidos graxos provenientes do alimento. Além disso, esse incremento na digestão mudou o padrão de acumulação das moléculas energéticas, mas não afetou o crescimento e tampouco a digestibilidade. De acordo com estes resultados seria interessante avaliar uma ração com suplemento de EE, mas com um diferente balanço energético ao deste trabalho para observar diferentes modulações na capacidade digestiva e dinâmica energética.