INVESTIGADORES
LANGBEHN Carlos Lorenzo
capítulos de libros
Título:
Regular as fronteiras agrícolas sul-americanas? Experiências e negociações no Chaco argentino, no Uruguai e no Rio Grande do Sul ? Brasil
Autor/es:
GAUTREAU, PIERRE; LANGBEHN, LORENZO; GISCLARD, MARIE; MARQUIS-DUPONT, GABRIELLE
Libro:
Agriculturas empresariais e espaços rurais na globalização: abordagens a partir da América do Sul
Editorial:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Referencias:
Lugar: Porto Alegre; Año: 2016; p. 171 - 191
Resumen:
Propomos nestecapítulo uma abordagem cruzada de quatro estudos de caso quepermitem apreender as tentativas de regulação dos efeitosambientais devido à intensificação agrária e ao avanço notáveldas frentes agrícolas e silvícolas na América do Sul ao longo doprimeiro decênio do século XXI. Tais mutações vêm sendoamplamente causadas pela expansão das formas empresariais deprodução. No Brasil, no Uruguai ou ainda na Argentina, os setoresrelacionados ao ?agrobusiness? situam-se no centro de injunçõescontraditórias: demandas produtivistas por parte do mercado global etambém por parte dos governos ?progressistas? que tiram partidodo alto nível dos preços agrícolas mundiais para financiar aspolíticas nacionais socialmente redistributivas; multiplicação dosconflitos ambientais locais ou transfronteiriços ligados àspoluições geradas por suas atividades primárias ouagroindustriais; intenção de alguns setores do Estado de restauraras capacidades de regulação do uso dos recursos naturaisabandonados desde a virada neoliberal dos anos 1980-1990; obrigaçõesde certificação ambiental dos produtos destinados, em grande parte,à exportação para o mercado europeu ou norte-americano. Pode-sedizer que a América do Sul constitui atualmente um laboratóriovoltado para diversas experimentações com vistas à regulação dosefeitos ambientais do ?agrobusiness?, possibilitando, dessaforma, analisar como Estado e Sociedade mobilizam-se para apreender,medir e tentar controlar os efeitos ainda pouco conhecidos dosprocessos que modificam profundamente vastas áreas de seusterritórios. Propomos colocar em evidência as formas de resistênciaa estas tentativas de regulação e de negociação de suaimplementação por parte dos setores agrários empresariais que,longe de se contrapor frontalmente, tentam, ao contrário, investirnas arenas políticas onde debatem e decidem buscando influenciar osdispositivos de controle e de penalização. A análise cruzada seapoiará sobre quatro estudos de caso emblemáticos dessas interaçõesentre o ?agrobusiness?, Estado e sociedade ao redor de questõesambientais novas: a lei florestal argentina de 2007, que objetivafrear o desmatamento ligado à expansão da cultura da soja, a leiuruguaia que obliga os agricultores a planejar, conforme itineráriostécnicos precisos, suas sucessões de culturas, visando reduzir aerosão dos solos (2008); as medidas de orientação espacial dasplantações silvícolas no Uruguai e no sul do Brasil (1990-2010); arevisão do Código Florestal brasileiro sob a impulsão do lobby?ruralista? (2001-2013).p { margin-bottom: 0.25cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 10); line-height: 120%; text-align: left; }p.western { font-family: "Cambria", serif; font-size: 12pt; }p.cjk { font-family: "MS Mincho"; font-size: 12pt; }p.ctl { font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt; }a:link { color: rgb(0, 0, 255); }