EXTENSÃO CRÍTICA PARA A INCLUSÃO SOCIOLINGUÍSTICA DESDE UMA PERSPECTIVA INTERCULTURAL: A COMUNIDADE HAITIANA EM ROSARIO,

NATALIA RICCIARDI; THALITA CAMARGO ANGELUCCI; FERNANDO CORREA

Campinas

Congreso; VI CONGRESSO DE EXTENSÃO DA AUGM Democratização e Extensão Universitária; 2023

AUGM

Rosario é uma cidade central na Argentina e congrega universidades públicas eprivadas que a cada ano atraem mais estudantes estrangeiros, especialmentelatinoamericanos. No contexto do primeiro ano de pandemia por Covid-19, as mazelas sociaisse viram exacerbadas. No ano de 2020, houve uma série de acontecimentos na cidaderelacionados à xenofobia racial que tomaram lugar na mídia local. A Universidade Nacional deRosario, atenta às demandas sociocomunitárias, estabeleceu um vínculo institucional com acomunidade haitiana local através da assinatura de um convênio entre a Faculdade deHumanidades e Artes e a Associação Civil Haitiana-Rosarina. Esta aproximação institucionalse concretou na prática a partir da formulação de um projeto de extensão denominado “Lenguase Integración” conformado por um corpo de docentes, alunos e graduados da referidauniversidade (Escola de Línguas, Escola de Ciências da Educação, Escola de Turismo e Escolade Relações Internacionais). O projeto foi selecionado na convocatória 2021-2022 dauniversidade e começou a desenvolver-se no ano de 2021. As principais ações giraram emtorno do estabelecimento de vínculos entre a sociedade receptora e a migrante. Essavinculação ocorreu através de diferentes linhas de trabalho: oficinas de língua espanhola paraa inclusão, oficina de língua kreyol e cultura haitiana para a comunidade em geral, festivaisculturais nos dias da bandeira haitiana (18/5) e da língua kreyol (20/10), e jornadas de formaçãoacadémica. O resultado obtido se reflete a) na formação dos estudantes universitáriosfortalecidos em suas experiências interculturais críticas e no respeito e valorização dasdiferenças, b) na docência universitária no que tange à saída a campo e c) na comunidadehaitiana, cuja identidade se viu empoderada para compartir seus saberes. Dessa forma, otrabalho em território permitiu avançar na formação cidadã e na conquista de direitos de ambasas comunidades a partir de um diálogo de saberes.