INVESTIGADORES
FIORINI DE MAGALHAES Ivan Luiz
congresos y reuniones científicas
Título:
Modelagem Da Paleodistribuição De Sicarius (Araneae: Sicariidae) Como Modelo Para Estudo Da Biogeografia Histórica Das Áreas Xéricas Sulamericanas
Autor/es:
IVAN LUIZ FIORINI DE MAGALHÃES; UBIRAJARA DE OLIVEIRA; ADALBERTO J. SANTOS
Lugar:
Belo Horizonte, Minas Gerais
Reunión:
Encuentro; I Workshop - Modelos Preditivos de DIstribuição de Espécies: Aplicações, Desafios e Perspectivas; 2011
Institución organizadora:
Universidade Federal de Minas Gerais
Resumen:
As aranhas do gênero Sicarius (Sicariidae)
estão restritas a áreas áridas e semi-áridas da África e da América do Sul. Por
isso, elas são bons modelos para o estudo da biogeografia histórica de
formações xéricas. Esse trabalho se propõe a modelar a distribuição atual e a
paleodistribuição (21000 anos atrás último máximo glacial) de espécies
sul-americanas do gênero e compará-las entre si, de forma a propor hipóteses
sobre a influência das variações climáticas na distribuição da vegetação
xérica. Foi utilizado o Maxent, com base nas 19 variáveis bioclimáticas
presentes da base de dados do Worldclim e em pontos de ocorrência das espécies
inferidos a partir de espécimes examinados. O modelo foi projetado para as
condições paleoclimáticas de 21000 anos atrás. Os resultados indicam que, há
21000 anos, a vegetação xérica estava mais bem distribuída na Amazônia,
principalmente em torno dos llanos e das savanas das Guianas, e o Chaco
apresentava maior adequabilidade para a presença de Sicarius. Das três
espécies da caatinga, duas ocorrem no leste do bioma, enquanto a terceira
ocorre principalmente em regiões do interior da caatinga. A modelagem da
paleodistribuição das mesmas indica que as espécies da borda leste da caatinga
expandiram sua distribuição no último máximo glacial, tanto a oeste, em direção
ao interior da caatinga, quanto ao sul, alcançando o leste de Minas Gerais.
Enquanto isso, a espécie do interior da caatinga experimentou uma redução da
sua distribuição na fronteira leste e um aumento da distribuição em direção a
oeste e ao norte. Juntos, esses resultados indicam que, no último máximo
glacial, a vegetação hipoxerófila do leste da caatinga teve sua distribuição
aumentada a leste e ao sul em relação à atual, enquanto a vegetação
hiperxerófila do interior se moveu a oeste. Uma vez que essas mudanças podem
ter deixado sinais genéticos nas populações, essas hipóteses serão testadas, no
futuro, utilizando-se abordagens filogeográficas.