INVESTIGADORES
SANCHEZ Lorena Marina
artículos
Título:
Patrimônio modesto em movimento: diálogos urbanos entre história social e arquitetura
Autor/es:
LORENA M. SÁNCHEZ; MARIANA FERNÁNDEZ OLIVERA
Revista:
Revista Electrónica Vitruvius (Categoría A-CAPES)
Editorial:
Romano Guerra
Referencias:
Lugar: San Pablo; Año: 2008 vol. 0 p. 1 - 2
ISSN:
1809-6298
Resumen:
(Introducción) O tecido doméstico das cidades latino-americanas constitui um eixo patrimonial que, ainda hoje, desafia a criatividade das disciplinas interessadas em sua preservação dinâmica. A jovem produção arquitetônica e urbana latino-americana, frente à européia, percorreu um caminho de dilapidações devido a múltiplos fatores, dentre os quais resultam relevantes as tardias valorizações das histórias sociais e materiais próprios, as práticas experimentais dos planejadores urbanos modernos até 1970-80, as especulações imobiliárias e o turismo descontrolado. Numa revisão histórica e patrimonial do século XX, é possível sintetizar um processo paralelo e relacional entre história tradicional-patrimônio monumental e história social-patrimônios diversos. Desde a segunda metade do século XX, se iniciou um caminho de aberturas valorativas que se materializaram nos documentos internacionais e nas declaratórias e intervenções realizadas. Não somente o excepcional merecia reconhecimento, mas também as modestas construções constituintes da maior parte do tecido das cidades. Isto teve seu paralelismo na disciplina histórica, que começava a orientar seu olhar para os processos e as fontes intangíveis (oralidades, gestualidades, festas, músicas, histórias de vida, etc.). No que diz respeito ao recorte patrimonial modesto argentino, a realidade resulta complexa, as ações tardias e os bens heterogêneos. Mais ainda em relação aos países latino-americanos que contam com uma herança pré-hispânica maior, onde a presença dos bens patrimoniais ampliou as atividades preservacionistas mais cedo. A Comissão Nacional de Museus e de Monumentos e Lugares Históricos, em funcionamento desde 1940, apenas em 1984 abordou a ampliação cronológica, social, material e de escala que inclui o patrimônio modesto. Mesmo assim, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios de 1964 estabeleceu seu comitê nacional apenas em 1973. Nesse caminho, se produziram importantes avanços nas cidades de Buenos Aires (especialmente em relação ao tratamento das habitações internas às Áreas de Proteção Histórica), Bahía Blanca (como os projetos de preservação para o centro desta cidade e as pesquisas desenvolvidas para a conservação das habitações de madeira e chapa de Ingeniero White), Tucumán (como os trabalhos realizados para o patrimônio modesto do centro da cidade e de vilas históricas como Medinas) e Santa Fé (especialmente no que se refere às pautas de intervenção desenvolvidas para as habitações lineares ou ?casas chorizo?). Estes progressos, dos quais se mencionaram os casos mais relevantes, revelam um incipiente espaço de reflexão que se disseminou pelas províncias restantes, cidades e localidades nacionais. Dentro deste panorama, o presente artigo se propõe a contribuir à compreensão da valorização do patrimônio modesto urbano a partir da história social e da arquitetura. Em outras palavras; como conflui a historia social e material na valorização do patrimônio modesto das cidades latino-americanas, especialmente naquelas que não possuem uma herança pré-hispânica relevante? Para responder a esta pergunta se analisará o patrimônio modesto através de um caso dentro da Argentina; a cidade de Mar del Plata.