INVESTIGADORES
BATLLA Diego
congresos y reuniones científicas
Título:
DEPENDÊNCIA TÉRMICA PARA A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Comanthera bisulcata (ERIOCAULACEAE), UMA ESPÉCIE ENDÊMICA DOS CAMPOS RUPESTRES
Autor/es:
DUARTE DANIELA; CORREA, M.S.; VIEIRA B; DIEGO BATLLA; ROBERTO LUIS BENECH-ARNOLD
Lugar:
Belo Horizonte
Reunión:
Congreso; 64º Congreso Nacional de Botanica; 2013
Resumen:
DEPENDÊNCIA TÉRMICA PARA A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Comanthera bisulcata (ERIOCAULACEAE), UMA ESPÉCIE ENDÊMICA DOS CAMPOS RUPESTRES Daniela M. Duarte1*, Mayara S. Correa1, Bárbara C. Vieira1, Queila S. Garcia1, Diego Batlla2, Roberto Benech-Arnold2 1Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil, 2Facultad de Agronomía-Universidad de Buenos Aires (FAUBA), Buenos Aires, Argentina *duartedm@yahoo.com.br Introdução A germinação representa uma etapa fundamental e crítica para a sobrevivência da maioria das plantas, e a temperatura constitui um importante fator ambiental que interfere neste processo [1]. As análises do efeito térmico na germinação têm sido realizadas a partir de índices numéricos, análise de curvas de germinação e por modelos empíricos que, em geral, representam melhor o comportamento das sementes comparado aos índices isolados [2]. Comanthera bisulcata (Koern.) L.R. Parra & Giul. é uma sempre-viva herbácea perene, endêmica dos campos rupestres em Minas Gerais, Brasil. O objetivo desse trabalho foi fazer um estudo matemáticocuantitativo da dependência térmica para a germinação de sementes recém coletadas de C. bisulcata. Metodologia Os capítulos foram coletados na época de sua dispersão natural na região da Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil (19º20´64´´,43º35´06´´). As sementes recém coletadas foram submetidas a testes de germinação em placas gerbox, umedecidas com solução de nistatina, utilizando-se amostragem de quatro repetições de 50 sementes. As placas foram incubadas nas temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40ºC durante quarenta dias. A germinação foi avaliada diariamente e o critério utilizado foi a emergência do eixo vegetativo. Os parâmetros térmicos foram estimados através da maximização do ajuste entre a curva simulada e observada, para cada temperatura de incubação [3]. Resultados e Discussão A germinação de sementes de C. bisulcata ocorreu na faixa de 15-35ºC, considerada uma faixa de temperatura relativamente ampla. A velocidade de germinação variou com a temperatura numa relação quase linear, o que permitiu analisar a dependência térmica para a germinação. O ajuste das curvas de germinação das sementes, onde se obteve os menores valores da raiz do quadrado médio do erro (Figura 1), permitiu encontrar os seguintes valores: temperatura base (Tb)= 11,8ºC, temperatura ótima (To)= 26,0ºC, temperatura máxima (Tm)= 37,1ºC, temperatura limítrofe inferior (Ti)= 14,8ºC, , temperatura limítrofe superior (Ts) = 35,2ºC, tempo térmico (θ)= 166,5 e desvio padrão do tempo térmico (D)=166,5. Esses dados oferecem uma descrição matemática do comportamento germinativo das sementes recém coletadas, permitindo, por exemplo, inferir sobre o tempo necessário para que ocorra a germinação em uma determinada temperatura de incubação e consequentemente para a emergência das plântulas no campo. O modelo foi eficaz em quantificar e definir os parâmetros térmicos da germinação.