O alto impacto da pandemia de COVID-19 na mortalidade de Argentina de 2020

GIAMPAOLI, VIVIANA; DÍAZ, MARÍA DEL PILAR; POU, SONIA; GONZÁLEZ, LEANDRO M.

Florianópolis

Congreso; 66° Reuniao Anual da Regiao Brasileira da Sociedade Internacional de Biometria (RBras); 2022

Regiao Brasileira da Sociedade Internacional de Biometria

Na Argentina existiram disparidades nas taxas de infecção e mortalidade por COVID-19, principalmente associadas a diferentes características socio demográficas nas diferentes regiões geográficas. Nosso trabalho avalia o impacto da pandemia de COVID-19 na mortalidade prematura, levando em consideração o padrão espacial por províncias. Dois cenários de mortalidade foram comparados: um que seria esperado na ausência de COVID-19, e outro que considera as mortes ocorridas durante 2020 ocasionadas estritamente por COVID-19. A Taxa padronizada (ASR) por idade e sexo de mortalidade prematura, isto é a mortalidade prematura por todas as causas ocorrendo a partir dos 70 anos em homens e 75 em mulheres, por 100.000 habitantes, por sexo e ano civil foi calculada pelo método direto dos componentes, e está baseada na contagem de óbitos e nos números populacionais obtidos a partir das projeções anuais calculados pelo método direto dos componentes. Um modelo misto gaussiano inverso foi ajustado para a ASR considerando os dois cenários, além da covariável sexo ​e a região como intercepto aleatório. Os resultados mostraram um forte efeito do COVID no aumento da ASR (15% maior chance) associado a um impacto desigual entre os sexos (30% maior em homens). Além disso, os valores preditos para os efeitos aleatórios sugeriram notáveis ​​disparidades entre as regiões das províncias. Como conclusão, a pandemia podería afetar a ASR em 2020 e exacerbar as desvantagens históricas da saúde na Argentina.