Percepção de Suporte Social em Crianças e Adolescentes em seus Contextos Sociais: na modalidade Abrigo Residencial e Casa Lar

RICARDO VIVIAN DA CUNHA; JUAN PABLO BARREYRO

Porto Alegre

Simposio; III Simpósio Sul-Brasileiro de Psicologia Jurídica; 2015

Universidade Federal de Rio Grande do Sul

A institucionalização na infância e na adolescênciaconstitui-se em um tema de grande importância social. Sua relevância deve-senão somente ao grande número de jovens institucionalizados, mas também àpreocupação relacionada a percepção dos mesmos sobre os contextos sociais nosquais estão inseridos. Objetivou-se avaliar a percepção suporte social emcrianças e adolescentes, entre 7 e 17 anos, institucionalizados em modalidadeAbrigo Residencial, Casa Lar e Grupo de Escolares residentes com suas famílias.Utilizou-se a escala de percepção de suporte social (EPSS), que avalia asatisfação com o suporte social recebido, incluindo a satisfação com amigos efamília, intimidade e atividades sociais. A pontuação da escala foi dividida emtrês partes, alto, médio e baixo suporte social. Os sujeitos da pesquisa foramabordados em seus espaços (Abrigo Residencial, Casa Lar e Escola). Participaramdessa pesquisa 531 crianças e adolescentes, sendo 166 (31,3%) da modalidadeCasa Lar, 177 (33,3%) de Abrigo Residencial e 188 (35,4%) de Escolares queresidem com a família. Destes 296 (55,7%) são meninos e 235 (44,3%) sãomeninas. O tempo de institucionalização no Abrigo Residencial e Casa Lar varioude 1 mês a 102 meses (Média: 22,8 meses; DP: 21,8 meses), sendo o principalmotivo da institucionalização a negligência (79,2%). Resultados instrumentos:Casa Lar (EPSS: Média: 51,3; DP: 8,3), Abrigo Residencial (EPSS: Média: 47,7;DP: 7,9) e Escolares que vivem com família (EPSS: Média: 55,5; DP: 9,9). Ascrianças e adolescentes muitas vezes são vitimizados dentro dos próprios lares,apresentando-se como um fenômeno social e cultural de grande relevância. As pesquisasoferecem importantes estudos para que profissionais, a sociedade e o estadopossam, reconhecendo o protagonismo desses sujeitos, buscarem superar as formasde violência que prejudicam o seu crescimento e desenvolvimento social.