INVESTIGADORES
SILVEIRA Maria Laura
libros
Título:
Argentina: território e globalização
Autor/es:
SILVEIRA, MARÍA LAURA
Editorial:
Brasiliense
Referencias:
Lugar: São Paulo; Año: 2003 p. 87
ISSN:
85-11-00065-8
Resumen:
O livro busca oferecer uma interpretação da Argentina considerando os usos de seu território ao longo da história. Daí a necessidade de periodizar, para entender a novidade que representavam as técnicas e a política a cada momento da história do país. Em outras palavras, trata-se de um esforço para reconstruir situações do passado e do presente que assinalem a forma como a sociedade utiliza seu território. Os instrumentos e os modos de trabalho, assim como as formas de vida, foram as variáveis selecionadas, pois entende-se que são eles os elementos constituintes do espaço geográfico. Quando falamos de instrumentos de trabalho, estamos nos referindo tanto às primeiras ferramentas dos povos indígenas, como, mais tarde, às máquinas instaladas pelos europeus nos territórios coloniais e, atualmente, a um conjunto de técnicas embutidas no espaço e técnicas semoventes, isto é, sementes, pesticidas, veículos de transporte, fibra óptica, redes de informática e tantos outros objetos que vêm transformar a dinâmica do campo, a produção industrial, as finanças e a vida urbana. Mas essa base técnica opera sob o comando de normas técnicas e políticas crescentemente rígidas que, entre outras conseqüências, transformaram a agricultura manual e de pousio numa agricultura mecanizada e, posteriormente, cientificizada. Para isso, contribuem as diversas formas de organização da economia, da política e da sociedade, por meio de ações das empresas, das instituições e dos indivíduos. Um novo arcabouço normativo é a base dessa participação crescente da Argentina na globalização. A chamada desregulação e todas as formas de privatização garantem às grandes empresas, nas diversas regiões argentinas, um novo patamar de produtividade e um território mais fluido para seus usos. Nesse contexto, as regiões participam desigualmente da modernidade atual, que acaba por constituir um modelo excludente e contraditório, pois cada vez mais despontam evidências de uma verdadeira ingovernabilidade do território.