INVESTIGADORES
MÜLLER Gabriela Viviana
congresos y reuniones científicas
Título:
Simulações de Eventos Extremos Frios em Cenários do Clima Futuro nas Áreas Freqüentemente Afetadas por Geadas. Parte II.
Autor/es:
MÜLLER GABRIELA V; ANDRADE KELEN; CAVALCANTI IRACEMA F.A; FERNANDES LONG MARIA ELENA.
Lugar:
San Salvador de Jujuy
Reunión:
Congreso; XII Reunión Argentina de Agrometeorología.; 2008
Institución organizadora:
AADA
Resumen:
Tomando em conta as limitações dos modelos climáticos, o interesse é saber como esses modelos estimam os eventos extremos que podem conduzir a geadas nas áreas freqüentemente afetadas por esse fenômeno ao sudeste da América do Sul. O objetivo do presente estudo é investigar se as mudanças climáticas, determinadas em cenários futuros, poderiam alterar o número de ocorrências dos eventos extremos frios próximo à superfície  na região de estudo. Foram usadas as simulações do modelo GFDL, na versão acoplada oceano-atmosfera, com análise de dados diários em 925 hPa obtidos das integrações SRES-A2, com resolução de 0.5 lat x 0.5 long no período 2081-2100. Se identificam três áreas de 5º lat x 5º lon, como a região 1 situada em latitudes mais ao norte das três escolhidas, e ocupa parte do norte da Argentina, parte do Paraguai e região norte e centro do sul do Brasil. A região 2 está formada pela região central e norte do Uruguai e Rio Grande do Sul (Brasil). Por ultimo a região 3 ocupa o centro-este da Argentina. Para o período correspondente ao futuro, no cenário A2 do modelo GFDL, foi observada uma significativa redução na freqüência de ocorrência para as três regiões analisadas nas respectivas categorias de identificação dos eventos extremos. O número de eventos totais no modelo GFDL, no futuro, foi da mesma ordem de grandeza que as observações em um período equivalente (20 anos) para o período presente. Os erros do modelo obtidos no clima presente (Parte I) devem ser considerados ao analisar os resultados do clima futuro. O modelo GFDL superestima no período de referência o número de ocorrência de extremos frios, e se esta característica for projetada ao período futuro o qual mostra uma freqüência muito baixa de eventos em todas as regiões -principalmente nas categorias mais extremas de temperatura-, podemos inferir que os eventos extremos frios serão praticamente inexistentes segundo este modelo. E importante tomar em conta que os cenários futuros do clima são projeções de prováveis mudanças que podem ocorrer como resultado do aumento das concentrações dos gases de efeito estufa. A incerteza dos modelos ainda  é grande em relação ao que de fato pode acontecer. A dificuldade dos modelos climáticos em representar as distintas parametrizacões somada à imprecisão no conhecimento sobre as futuras emissões de gases de efeito estufa, também devem ser levadas em conta nessas análises. As projeções das emissões são resultados de muitos sistemas dinâmicos complexos que vão desde o aumento da população mundial ao crescente desenvolvimento industrial. Os modelos estão continuamente melhorados para diminuir as incertezas, e os estudos continuarão a ser realizados para confirmação dos resultados obtidos previamente.