INVESTIGADORES
MÜLLER Gabriela Viviana
congresos y reuniones científicas
Título:
Frequência, intensidade e abrangência de geadas no estado do Paraná entre 1999 e 2021
Autor/es:
FUMAGALLI COELHO, LUCAS ALBERTO; BECKER NUNES, ANDRÉ; MÜLLER, GABRIELA VIVIANA
Reunión:
Simposio; Simpósio em Clima, Água, Energia e Alimentos; 2021
Institución organizadora:
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Associação Catarinense de Meteorologia (ACMet)
Resumen:
No inverno de 2021, três ondas de frio causaram geadas no Brasil, com efeitos econômicosassociados ao aumento do consumo de energia, custos e preços para mantenedoras de serviçose para o consumidor final. As geadas coincidiram com um momento de forte pressão sobre osrecursos, em função da escassez de chuvas nos anos recentes. O objetivo deste trabalho émostrar a ocorrência de geadas no estado do Paraná (PR), entre 1999 e 2021, com base em umconjunto de dados de temperatura mínima diária (Tmin) de 35 estações meteorológicas (EMs)operadas pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (SIMEPAR).Uma análise de agrupamento hierárquico (AAH) com o método de Ward foi usada paradefinir grupos e atribuir associações entre as EMs; uma análise de componentes principais(ACP) foi usada para extrair as principais combinações lineares das observações; aintensidade da geada foi definida conforme o valor de Tmin ≤ 0°C, e a abrangência conformea porcentagem de EMs que apresentaram estes valores: geadas isoladas (GI) (0, 25%),parciais (GP) [25%, 75%) e generalizadas (GG) [75%, 100%]. A AAH mostrou três grupos,dos quais o G1 possui o maior número de EMs, e apresenta poucas geadas, e o G3, o menor,com a maior frequência e intensidade. A ACP mostrou que 60% da variabilidade conjunta éexplicada pela primeira componente principal (CP) e está associada à atuação de umanticiclone pós frontal, com valores menores de Tmin no sul do PR, onde estão as EMs demaior altitude; a segunda CP explica 13% da variabilidade e indica geadas a oeste, com oanticiclone a montante; a terceira CP explica 4% da variabilidade, e indica geada no sudestedo PR, com o anticiclone a jusante. Os episódios de GGs são os mais intensos, sendo seisidentificados: três em 2000, e um nos anos 2013, 2019 e 2021, o que indica aumento nafrequência destes. No último, houve o aumento da área total afetada, pois a estação deParanavaí observou pela primeira vez uma geada; outros 30% das EMs apresentaramfrequência anual recorde. Ao todo foram 13 episódios em 2021, frequência superior à médiaanual de 9,6 episódios, mas não superior ao desvio padrão de 4 episódios, o que foi verificadonos anos 2000, 2011, e 2016. Por outro lado, a frequência de GPs foi recorde em 2021.