INVESTIGADORES
JONES Daniel Eduardo
capítulos de libros
Título:
Perfis religiosos e opiniões sobre direitos para as pessoas GLTTBI: Os frequentadores das paradas de orgulho na Argentina e Brasil
Autor/es:
DANIEL JONES; MARÍA LUCILA MARTINEZ MINICUCCI; GABRIELA STIVALA
Libro:
Valores religiosos e legislação no Brasil: a tramitação de projetos de lei sobre temas morais controversos
Editorial:
Garamond
Referencias:
Lugar: Rio de Janeiro; Año: 2009; p. 179 - 191
Resumen:
Na primeira parte deste artigo descrevemos o perfil religioso das e dos freqüentadoras(es) da Marcha de Orgulho GLTTBI Buenos Aires 2005 (a religião em que haviam sido criados, a religião que praticam atualmente e a participação em movimentos religiosos) e as experiências de discriminação, em decorrência de sua identidade sexual em ambientes religiosos, comparando quando possível com os dados das pesquisas das paradas Buenos Aires 2004, Rio de Janeiro 2003 e 2004, e de São Paulo 2005. Na segunda parte analisamos o grau de concordância dos entrevistados acerca de uma lei que reconheça os casais de pessoas do mesmo sexo e a respeito da possibilidade de adoção de filhos por parte de pessoas GLTTBI (gays, lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais e intersexo), em relação à religião da infância e na praticada atualmente. Consideramos relevante esta análise por duas circunstâncias e uma hipótese. A primeira consiste em que as doutrinas das religiões majoritárias em nosso país (cristianismo e judaísmo) rejeitam a homossexualidade de modo direto e indireto. A segunda circunstância concerne ao fato de que a Igreja Católica Argentina é a principal instituição religiosa em termos de influência política e cultural no país, e que historicamente se pronunciou publicamente contra a homossexualidade. Nesta cruzada, a hierarquia católica se associou à Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da República Argentina (ACIERA, 2003), federação que possui atualmente o maior número de membros e reúne os setores conservadores do mundo evangélico argentino. Neste artigo, partimos da hipótese de que o pertencimento religioso das e dos entrevistadas(os) influi sobre suas opiniões acerca de direitos para as pessoas GLTTBI e buscamos aqui analisar em que sentidos se dão esta influência.