Fluxo de agua e conductancia estomatica de duas especies lenhosas no cmapo sujo e cerradao

NAVES CHEILA H., FRANCO AUGUSTO C., BUCCI SANDRA J., GOLDSTEIN GUILLERMO.

Brasilia

Congreso; Congreso Brasileiro de Fisiologia Vegetal; 1999

O clima na região dos cerrados do planalto central é caracterizado por duas estações bem definidas:  uma estação seca (junho a setembro) e uma  chuvosa (outubro a maio). Como outras savanas tropicais, o cerrado é formado por um mosaico de paisagens em que varia especialmente a predominância e o porte dos elementos lenhosos. No presente estudo, comparou-se o curso diário de fluxo de seiva, condutância estomática e potencial hídrico de duas espécies sempre-verdes, Rapanea guianensis e Roupala montana. Os dados foram obtidos no final da estação seca, quando os efeitos do déficit hídrico seriam mais acentuados. As medidas foram realizadas  no campo sujo, onde os elementos lenhosos são esparsos, e no cerradão, em que predomina o estrato arbóreo. Os resultados indicaram que não existem diferenças significativas (P<0,05) entre os valores de fluxo máximo e de fluxo total entre o campo sujo e cerradão. Os valores máximos de fluxo de seiva variaram entre 0,13 e 0,18 l. h-1 para R. guianensis e entre 0,16 e 0,74 l. h-1 para R. montana. Os valores mínimos de potencial hídrico foram mais negativos para as plantas do cerradão do que as do campo sujo. Observou-se que as plantas destas espécies, tanto no campo sujo quanto no cerradão, apresentaram um rígido controle estomático em relação a alta demanda evaporativa da atmosfera.