Triatoma jatai e Triatoma costalimai nos municípios de Paranã e Aurora do Tocantins, Tocantins: A importância de ações de vigilância entomológica.

BRUNA LÚCIA NASCIMENTO DE OLIVEIRA; SANTOS MALLET JACENIR; GONÇALVES TCM; MACED LOPES, C; TEVES NEVES SIMONE; ALENCAR, I; CARBAJAL DE FUENTE A.L; FAGUNDES GOMES ANALIA

Congreso; 52 congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; 2016

As espécies rupícolas Triatoma jatai e Triatoma costalimai podem serencontradas nos municípios de Paranã e Aurora do Tocantins - TO, nos ecótopossilvestre, intra e peridomiciliar, com registros de T. costalimai infectados porTrypanosoma cruzi no município de Aurora do Tocantins. Embora não se tenharegistro de T. jatai infectado por T. cruzi, sabe-se que os triatomíneos sãosusceptíveis em se infectar e transmitir este parasito. Nestes municípios, aproximidade entre moradias e rochas, associado às ações antrópicas nosecótopos naturais, aumentam o risco de transmissão vetorial da doença deChagas. Este trabalho objetivou avaliar a presença destas espécies nestesmunicípios, em ambiente silvestre e peridomicílio, e determinar a infecção por T.cruzi. Os espécimes foram coletados em Outubro/2015, em rochas situadas emambiente silvestre (ambos municípios) e peridomicilílio (Aurora do Tocantins). Ascapturas foram realizadas com armadilhas Noireau (40 - Paranã e 35- Aurora doTocantins). A pesquisa de T. cruzi nas fezes dos triatomíneos foi realizada pormicroscopia. Em Aurora do Tocantins, foram coletados 18 espécimesidentificados como T. costalimai sendo: 6N1, 1N2 e 2N4 no peridomicílio; 6N3 e3N4 no ecótopo silvestre. Já no município de Paranã obteve-se 19 espécimes deT. jatai: 4N1, 4N2, 4N3 e 7N4. Somente uma ninfa de 4º estádio do peridomiciliode Aurora do Tocantins foi positiva para tripanossomatídeos. Não foi possívelrealizar o exame parasitológico em ninfas N1/N2 bem como isolamento egenotipagem da amostra positiva. O encontro de ninfas N1 ? N4 destas espéciessugere que podem estar colonizando estes ecótopos. A presença de umespécime positivo sugere o risco de manutenção do ciclo silvestre de T. cruzi jáconfirmado anteriormente nesta localidade onde residências estão próximas aoponto de coleta e reforça o risco de transmissão vetorial da doença de Chagas.Desta forma, são recomendadas ações de controle e vigilância entomológicanestes municípios.