INVESTIGADORES
ROIG JUÑENT Fidel Alejandro
artículos
Título:
Padrões de idade e crescimento de Araucaria angustifolia: reconstruindo históricos de distúrbio e dinamica vegetacional
Autor/es:
J.M. OLIVEIRA, V.D. PILLAR, F.A. ROIG
Revista:
Anais VII Congreso de Ecologia do Brasil
Editorial:
UFRGS
Referencias:
Lugar: Mina Gerais; Año: 2007 p. 1 - 2
Resumen:
Ecossistemas tropicais e subtropicais são notórios pela alta diversidade biológica e pela ameaça que sofrem frente às intensas mudanças no uso da terra. No Brasil, a Floresta Ombrófila Mista (floresta com araucária) é um típico exemplo do nefasto processo de exploração dos recursos naturais. Este ecossistema, caracterizado pela dominância estrutural de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze (Araucariaceae), cobria originalmente ca. 200.000 km2 no Sul e Sudeste do Brasil, formando ecótonos com ecossistemas florestais (ca. 500-800m de altitude) e campestres (ca. 900-1500m de altitude). No final do século XIX deu-se início à conversão de extensas áreas florestais em colônias agrícolas. No século XX este processo foi intensificado pela exploração madeireira sobre A. angustifolia e espécies coocorrentes. Em grande parte da região a exploração madeireira precedeu à conversão total da floresta em culturas agrícolas. Cabe também ressaltar o estabelecimento de grandes centros urbanos nesta região. Atualmente, os remanescentes de floresta com araucária totalizam menos de 6% da superfície original, sendo raras às manchas com estruturaprimitiva (Koch, 2002). Como esperado, muitas espécies típicas deste ecossistema, inclusive A. angustifolia, estão ameaçadas de extinção (Farjon, 2006). Conhecer com precisão o histórico de uso desses remanescentes é fundamental para compreender e prever a complexa resposta biótica em diferentes cenários de manejo, bem como auxiliar na escolha de áreas prioritárias à conservação. Em ecossistemas com forte estacionalidade climática, principalmente em zonas temperadas e áridas, estudos de séries temporais de anéis decrescimento (dendrocronologia) têm sido empregados na datação de diversos eventosclimáticos e ecológicos (e.g. secas, desmatamentos, deslizamentos) (Schweingruber, 1996). A. angustifolia forma anéis de crescimento anuais em resposta à variação sazonal do clima, sendo então passível de análise dendrocronológica, embora a existência de anéis localmente ausentes e flutuações de densidade dificultem a datação acurada dos anéis (Seitz & Kanninen, 1989; Lisi et al., 2001). Sendo A. angustifolia espécie-chave e foco principal da exploração dos ecossistemas onde ocorre, dados sobre sua estrutura etária e de crescimento seriam bons indicadores do histórico de uso e da dinâmica vegetacional em escala local.Este estudo objetiva determinar padrões etários e de crescimento de A. angustifolia e sua relação com o histórico de manejo e dinâmica vegetacional em ecótonos de floresta com araucária e campos.