INVESTIGADORES
LOPEZ Laura Susana
congresos y reuniones científicas
Título:
Dimorfismo sexual do camarão ornamental marinho Stenopus hispidus (Crustacea, Decapoda, Stenopodidea)
Autor/es:
RAFAEL AUGUSTO GREGATI, VIVIAN FRANSOZO, LAURA S. LÓPEZ-GRECO E MARIA LUCIA NEGREIROS-FRANSOZO
Lugar:
BELEM, PARA, BRASIL
Reunión:
Congreso; XXVIII Congresso Brasileiro de Zoología; 2010
Institución organizadora:
SOCIEDAD BRASILERA DE ZOOLOGIA
Resumen:
O crustáceo decápodo mais explorado em seus estoques para suprir o mercado da aquariofilia marinha é o camarão-palhaço, Stenopus hispidus, devido à sua coloração e facilidade de manutenção em aquários. Esses camarões possuem o hábito de viver em casais reprodutivos durante a fase adulta, exibindo forte comportamento agonístico contra indivíduos do mesmo sexo. Falhas em reconhecer o sexo dos espécimes após a captura é comum e causa danos, que podem levar à morte de um ou ambos os indivíduos envolvidos no combate. Assim, este trabalho descreve o dimorfismo sexual detalhado de exemplares adultos de S. hispidus, apresentando-se uma chave ilustrada para a rápida identificação sexual. Espécimes adultos provenientes de Salvador (BA) foram mantidos aos pares em aquários isolados e verificados quanto às diferenças morfológicas macroscópicas observadas visualmente, durante vários ciclos reprodutivos. Posteriormente, os exemplares foram analisados sob um microscópio estereoscópico e preparados para microscopia eletrônica de varredura, com ênfase na morfologia e posição dos gonóporos, esternitos e pleópodos. Visualmente, tanto o tamanho como a coloração (corpo e quelípodos: branco com bandas vermelhas) podem ser muito semelhantes entre machos e fêmeas e, portanto, não serve como distinção sexual. O mesmo ocorre com a coloração azul intensa na base dos pereiópodos. O reconhecimento do sexo feminino é fácil, quando esta se encontra ovígera. Pela transparência da carapaça, pode-se também reconhecer facilmente o sexo feminino quando a gônada está em um estágio avançado de desenvolvimento (coloração verde). Porém, fêmeas sem ovos ou com gônadas rudimentares (transparente ou branca) assemelham-se aos machos. Neste caso, faz-se necessário uma análise dos esternitos abdominais, nos quais somente machos possuem espinhos centrais evidentes. Microscopicamente o dimorfismo é reconhecido nos machos pelo gonóporo com forma circular, posicionado na base do quinto par de pereiópodos; pelas placas dos esternitos cefalotorácicos com poucas cerdas e espinhos marginais evidentes; além de pleópodos com fileiras de espinhos curtos na superfície ventral. Em fêmeas, os gonóporos possuem forma de fenda longitudinal circundada por cerdas plumosas posicionadas na base do terceiro par de pereiópodos; as placas dos esternitos cefalotorácicos são desprovidas de espinhos marginais e possuem muitas cerdas plumosas; e os pleópodos são desprovidos de espinhos. Estas informações, além de auxiliar os comerciantes na estocagem de espécimes após a captura evitando perdas por combate, podem contribuir para a correta formação de matrizes para tentativas de cultivo.