Influência do Teor Metálico na Reforma Catalítica do n-Octano Visando a Produção de Aromáticos

A. S. ARAÚJO; M. GLAÚCIA RODRIGUES; J.M. GRAU

Campina Grande – PB, Brasil

Simposio; 7° Encontro Brasileiro sobre Adsorção; 2008

Universidad Estadoal de Campina Grande

A reforma catalítica de nafta surgiu durante a segunda guerra mundial, com o intuito de produzir combustível de alta qualidade que eram usados em veículos e aeronaves. Entretanto, hoje o uso do processo de reforma de nafta abrange a produção de compostos aromáticos de elevado valor agregado como o benzeno, tolueno e xilenos que são matéria-prima utilizada nas indústrias de produção de plásticos, resinas, entre outros produtos. A melhoria dos combustíveis, em particular a gasolina, pode ser aumentada através do uso de aditivos, tais como o MTBE (éter metil terc-butílico), chumbo tetraetílico ou etano, ou através do aumento da octanagem. O emprego de aditivos leva a emissão de gases tóxicos à atmosfera. Por este motivo, é mais conveniente obter gasolina de alta qualidade através do aumento da octanagem. Na reforma de nafta os catalisadores clássicos utilizados são do tipo bifuncional, ou seja, são constituídos por sítios ácidos e metálicos, que consiste em um metal disperso sobre um suporte ácido como a alumina ou sílica-alumina. Entre 1950 e 1960, os catalisadores convencionais empregados em reforma eram do tipo Pt suportada em alumina clorada. As zeólitas contendo metais nobres são interessantes para aplicação em sistemas catalíticos, e tem recentemente atraído muita atenção como catalisadores de reforma. Nesse sentido, as zeólitas contendo platina têm se mostrado como uma alternativa promissora para esse processo. Estes materiais possuem características estruturais únicas de canais e cavidades nas quais podem acomodar partículas do metal de tamanho e formas diferentes, fazendo com que estes materiais sejam empregados como suportes. Neste trabalho, catalisadores bifuncionais suportados na zeólita USY foram preparados contendo 1,0, 1,5 e 2,0 % de Pt, as quais foram testadas na reforma do n-octano (450ºC, 1 atm, WSHV = 3,4 h-1, H2/nC8 = 7,3). Os catalisadores foram obtidos por troca iônica competitiva usando solução aquosa de complexo de platina [Pt(NH3)4]Cl2. Os mesmos foram caracterizados por análise termodiferencial e termogravimétrica (ATD/TG), desidrogenação do ciclohexano (DHC). A reação de reforma produziu predominantemente compostos aromáticos.