INVESTIGADORES
FERREIRO Hector Alberto
congresos y reuniones científicas
Título:
Causalidade, substância e subjetividade absoluta: A superação hegeliana do dualismo entre determinismo e liberdade
Autor/es:
FERREIRO, HÉCTOR
Lugar:
Fortaleza
Reunión:
Simposio; Causalidade, substância e subjetividade absoluta: A superação hegeliana do dualismo entre determinismo e liberdade; 2011
Institución organizadora:
Universidade Federal do Ceará
Resumen:
A diferenciação e contraposição do universo das coisas e do universo das mentes está, portanto, na base mesma tanto da Filosofia Antiga e Medieval quanto na da Filosofia Moderna; nesta medida, em todas elas se reencontram também as dificuldades para explicar a relação e a eventual unidade de ambos os mundos. Entre estas dificuldades cabe mencionar, especialmente, a possibilidade da relação e unidade entre o corpo e a alma, e a da relação e unidade entre a sensibilidade e a inteligibilidade. Também, nesta mesma linha, como um aspecto ulterior do conflito geral que propõe a concepção dualista da mente e do mundo, apresenta-se o problema da causalidade específica que rege ambos os universos. Efetivamente, enquanto a causalidade das coisas, isto é, a causalidade natural, supõe sempre que cada causa é precedida por outra causa da que ela é efeito, a causalidade própria da autoconsciência seria, no entanto, uma causalidade incausada, ou seja, uma causalidade livre, onde uma causa poderia não ser efeito de outra causa, mas iniciar a partir de si mesma uma série completamente nova e original de efeitos. Foi Kant quem explicitou, talvez com maior clareza que qualquer outro filósofo antes do que ele, a essência do conflito que implica a relação destes dois tipos de causalidade. Hegel assevera que com o dualismo fenômeno-coisa em si Kant deixa intacta como tal a incompatibilidade entre as noções de causalidade natural e causalidade livre, já que, conserva sua contraposição mesma para simplesmente localizá-la na estrutura do sujeito. Hegel aspira precisamente a fechar o ciclo da metafísica dualista que definiu a filosofia dos seus começos e, com isso, a dar solução definitiva às dificuldades que lhe são inerentes; para esse fim exige o abandono do paradigma que a constituiu como tal e propõe no seu lugar uma autêntica revolução no campo da ontologia e a teoria do conhecimento. Neste contexto geral, Hegel oferece uma solução inovadora ao problema da incompatibilidade entre causalidade natural e causalidade livre, entre determinismo e liberdade.