INVESTIGADORES
DEMARCHI Dario Alfredo
congresos y reuniones científicas
Título:
Diferenciação genética entre populações nativas americanas lingüisticamente relacionadas, avaliadas através de 12 STRs autossômicos
Autor/es:
CROSSETTI S.G., KOHLRAUSCH F, DEMARCHI D.A., SALZANO F.M., CALLEGARI-JACQUES S.M., HUTZ M.H
Lugar:
Ouro Preto, Brasil
Reunión:
Congreso; IX Congreso de la Asociación Latinoamericana de Antropología Biológica; 2007
Institución organizadora:
Asociación Latinoamericana de Antropología Biológica
Resumen:
Fatores geográficos, lingüísticos, ambientais,
culturais, biológicos e históricos podem influenciar o padrão genético das
populações humanas. Associações deste tipo já foram observadas em diferentes
regiões, mas o tipo e grau de relação entre variações lingüísticas e
geográficas, e variabilidade genética não é universalmente homogêneo. Este
trabalho tem como objetivo avaliar o grau de diferenciação genética entre
populações nativas sul-americanas lingüisticamente relacionadas e
geograficamente próximas. Para isto, foram genotipados 12 loci microssatélites
autossômicos tetranucleotídeos (kit AmpFlSTR IdentifilerTM / Applied
Biosystems) em 324 indivíduos de quatro grupos lingüísticos, dois Tupis (Mondé
e Guarani) e dois Macro-Guaykuru (Guaykuru e Mataco). Foram estudadas 11
populações: Gavião, Suruí e Zoró de Rondônia-Brasil (Mondé); Mbiá de
Misiones-Argentina, Kaiowá e Ñandeva do Mato Grosso do Sul-Brasil (Guarani),
Pilagá e Toba de Formosa e do Chaco - Argentina (Guaykuru) e Wichí de Formosa e
do Chaco -Argentina (Mataco). A diferenciação populacional foi medida pelo FST
calculado entre todas as populações duas a duas. No tronco Tupi, foram
observadas diversidades genéticas estatisticamente significativas entre
populações que falam dialetos semelhantes, mesmo entre aquelas que vivem em
regiões geograficamente próximas. No que se refere às famílias lingüísticas
Guaikuru ou Mataco, não foram encontrados valores de FST estatisticamente
significativos. Sendo assim os grupos populacionais de língua Tupi são geneticamente
mais heterogêneos quando comparados com as populações da região do Chaco
(Macro-Guaykuru). Aspectos históricos, como o recente povoamento desta região,
e/ou comportamentais, como o nômadismo sazonal típico, poderiam explicar a
homogeneidade genética ali observada. Portanto, a associação entre genética e
língua não é universal, observando-se diferentes padrões conforme a região onde
vivem e a língua falada pelas populações.