INVESTIGADORES
GENZANO Gabriel Nestor
congresos y reuniones científicas
Título:
Espécie invasora vira componente faunístico no Nordeste brasileiro
Autor/es:
VELOSO FREIRE M.; GABRIEL NESTOR GENZANO; C. PEREZ
Lugar:
Curitiba
Reunión:
Congreso; XXVII Congresso Brasileiro De Zoologia; 2008
Resumen:
Resumo: Blackfordia virginica é uma medusa invasora muito comum em estuários. na América, a espécie tem sido registrada no Atlântico Norte, e no litoral do Pacífico Norte; assim como em muitas lagoas costeiras ao longo dos litorais Atlântico e Pacífico do México. No sudoeste do Oceano Atlântico, milhares de exemplares foram recentemente relatados no estuário do Rio da Prata, e no 2006 for relatada a presença da espécie nas costas de Paraná (Brasil). Porém, existe um único registro prévio de apenas três exemplares de B. virginica coletados num estuário próximo a Recife, o qual é considerado o único registro desta espécie em águas tropicais brasileiras. A análise de amostras de plâncton, realizadas entre 1987 e 2000, mostrou a presença dessa espécie em estuários de Pernambuco, depois de aproximadamente 30 anos desde o primeiro registro de poucas espécies na mesma zona. Esta poderia haver sido introduzida tanto no estágio de medusa ou de pólipo, ou ainda em ambos, utilizando navios como meio de invasão (água de lastro). O objetivo deste trabalho é analisar a presença dessa espécie no diferentes estuarios do Nordeste brasileiro desde sua primeira ocorrência nos anos 60, discutindo sua condição de espécie exotica ya establecida para a região. Foram analisadas amostras de plâncton dos estuários de Bacia do Pina, Capibaribe, Itamaracá e Tamandaré. A triagem das amostras foi realizada com auxílio de estéreo-microscópio, placas de Petri, pinças delicadas e peneira geológica com malha de 250 micrometros.. Foram encontrados 259 exemplares de B. virginica, com uma maior abundância no estuário de Itamaracá (247 medusas), sugerindo assim uma melhor adaptação a essa área. Foi medido o diâmetro dos exemplares com escala milimetrada o sexo foi determinado através da observação das gônadas de alguns exemplares. Entretanto, a determinação não foi possível em todas as amostras, devido à má conservação ou por, realmente, esses exemplares não possuírem gônadas, por não estarem no seu período reprodutivo. Foi calculada uma média, para cada amostra, do diâmetro das umbrelas de todos os 259 exemplares triados. Observou-se que o diâmetro variou entre 1 e 11mm, o que poderia estar indicando a presença de exemplares em diferentes fases do ciclo de vida. Com relação à presença de parasitos Digenea, os mesmos foram observados apenas nas amostras referentes à Itamaracá. Com os dados dessa pesquisa, somados aos registros provenientes da literatura cinza, pode-se concluir que a espécie B. virginica já é um componente exótico da fauna nordestina, com uma presencia continua ao longo de mais de 40 anos.