(I)Legal: etnografias em uma fronteira difusa

BRÍGIDA RENOLDI; ANTONIO RAFAEL BARBOSA

Editorial de la Universidade Federal Fluminense

Lugar: Rio de Janeiro; Año: 2013 p. 224

9788522809516

Este livro é resultado de uma interlocução desenvolvida por um grupo de pesquisadores sobre a temática abrangente das relações entre o legal e o ilegal, considerando as diversas práticas que, de um modo ou de outro, vêm redefinindo tais classificações, seja no que diz respeito à esfera das trocas e do mercado (onde o par valorativo formal e informal ganha proeminência no discurso de seus operadores), seja no que se refere às atividades que se situam no marco da ilegalidade em diferentes codificações jurídico-penais. Trata-se de discussões que foram promovidas no âmbito de sucessivos encontros, na área da antropologia, particularmente em grupos de trabalho orientados para tal temática e coordenados pelos organizadores deste volume. Dentre esses encontros, cabe destacar: o I Simpósio Internacional "Entre o Legal e o Ilegal. Abordagens etnográficas", em 2008, na Universidade Federal de São Carlos; o grupo de trabalho "Ilegalismos: sus objetos, permanencia y dispositivos de control", na VIII Reunión de Antropología del Mercosur, 2009, realizado na cidade de Buenos Aires; os grupos de trabalho "Dinâmicas criminais e dispositivos de controle" e "Entre a informalidade e a legitimidade: abordagens etnográficas de mercados ilegais, práticas comerciais e transformações urbanas", na 27ª Reunião Brasileira de Antropologia, 2010, em Belém do Pará; o grupo de trabalho "Fronteiras entre o legal/ilegal: mercados informais, dinâmicas criminais e dispositivos de controle", na IX Reunião de Antropologia do MERCOSUL, em 2011, Curitiba. Tais debates vêm propiciando a continuidade e a consolidação de uma rede de interlocução entre diversos pesquisadores brasileiros e de outros países, na América Latina e fora dela. Também é digno de nota o desenvolvimento de ações futuras que preveem a abertura de novos fóruns de discussão e a consolidação de novas parcerias, para além dos atuais vínculos institucionais que reúnem, para o caso brasileiro, pesquisadores dos dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (CNPq) na área de segurança pública.