Milho (Zea mays) do Holoceno Médio no Sambaqui de Monte Castelo, RO

MYRTLE P. SHOCK; LAURA PEREIRA FURQUIM; JENNIFER WATLING; CRISTINA MARILIN CALO; MÁRCIA RIZZUTTO; EDUARDO GOES NEVES

Porto Velho, Rondônia

Congreso; III Reunião da Sociedade de Arqueología Brasileira (SAB Norte); 2016

Sociedade de Arqueología Brasileira

Opresente trabalho examina vestígios botânicos de milho (Zea mays)encontrados em depósitos arqueológicos dos últimos 4.000 anos nosítio Sambaqui Monte Castelo, localizado no Rio Guaporé, Rondônia.Foram observadas diferenças morfológicos expressivas entre estesgrãos de milho e aqueles presentes em outros sítios arqueológicosda região amazônica durante os últimos 1.000 anos, considerandoque não há correlatos pretéritos ou contemporâneos deste tipo.Exploramos, portanto, a história e os usos desse milho extinto.Tradicionalmente interpretavam-se os carboidratos presentes nasplantas à luz da sua possível contribuição calórica àalimentação e as implicações das atividades do cultivo deplantas. Como alternativa, adotamos como pontos de partido amorfologia dos grãos e seus contextos de deposição para refletiracerca do papel deste milho em ocupações do Holoceno Médio em queestá presente ampla variedade de plantas comestíveis, além derecursos proteicos faunísticos.