INVESTIGADORES
DE GAINZA Mariana Cecilia
congresos y reuniones científicas
Título:
Espinosa e Althusser
Autor/es:
MARIANA DE GAINZA
Lugar:
Sao Paulo - Brasil
Reunión:
Congreso; Encontro nacional ANPOF; 2010
Institución organizadora:
Associação nacional de pós-graduação em filosofia
Resumen:
O fracasso de uma dialética da história que afirmava, em suas versões mais esquemáticas, a necessidade inelutável do movimento de emancipação da humanidade, se associou com as derrotas dos movimentos revolucionários do século de XX e, mais especificamente, com a frustração das esperanças depositadas nos chamados “socialismos reais”. A partir daquela espécie de "refutação fática" dos postulados que supunham a inevitabilidade do fim da injustiça e da desigualdade, os esforços de uma parte considerável da filosofia política contemporânea (identificada com as aspirações de emancipação social e política que o marxismo soube expressar), se esforçaram na renovação do pensamento político a partir de um repertório alargado de referências teóricas. Foi nesse contexto que se deu, na França dos anos 60, uma recuperação da filosofia de Espinosa, no marco de um programa acadêmico e político que reivindicou explicitamente a necessidade de recorrer ao legado espinosista para renovar o vigor crítico da filosofia e da teoria social. Em particular, o grupo articulado em torno da figura de Louis Althusser, na École Normale Supérieure de Paris, dedicou-se a procurar as chaves para um revitalização do marxismo em crise numa "volta a Espinosa", como plataforma filosófica que permitiria realizar uma "saída de Hegel. A extensão da referência a Espinosa no pensamento político contemporâneo tem como antecedente fundamental a leitura althusseriana de Espinosa, e suas derivas nas obras de discípulos e colegas de Althusser, como Pierre Macherey, Étienne Balibar ou Alexandre Matheron.