INVESTIGADORES
BELLI Carolina Barbara
congresos y reuniones científicas
Título:
Características clínicas e de prognóstico em SMD de novo: análise de pacientes na Argentina e Brasil
Autor/es:
RODRIGUES PEREIRA VELLOSO, ELVIRA; FEITOSA PINHEIRO RONALD; ROSENHAIN, MARIANA; CORDEIRO, JULIANA; CORREA, WALTER A; CAVALCANTE DE ANDRADE SILVA, MARCELA; NOVOA, VIVIANA; GARCÍA RIVELLO, HERNÁN; NEGRI ARANGUREN, PEDRO; DA SILVA TANIZAWA, ROBERTA; LARRIPA, IRENE; MAGALHAES, SILVIA; BELLI, CAROLINA
Lugar:
Florianopolis
Reunión:
Congreso; Congreso de la Sociedad Brasilera de Hematología, Hemoterapia y Terapia Celular; 2014
Resumen:
Apesar de estudos relatarem diferenças clínicas em portadores de SMD na Europa e Ásia, muito pouco se sabe sobre as características de pacientes sul-americanos (SA). O objetivo deste trabalho foi descrever as características clínicas e avaliar variáveis e sistemas prognósticos internacionais em população SA afetada por SMD. Foi feita análise retrospectiva de 727 pacientes com SMD de novo, com diagnóstico realizado entre 1981 e 2014, sendo 472 procedentes da Argentina (Ar) e 255 do Brasil (Br). Foram incluídos portadores de SMD de novo classificados pela WHO e excluídos pacientes com leucócitos 12.000/mm3 e neutrófilos absolutos 8.000/mm3, segundo critérios de Greenberg, 2012. A mediana de idade foi 69 (15-99) anos, relação masculino/feminino de (402/325) 1,2/1. Pacientes submetidos a transplante de células tronco hematopoiéticas (5%) ou a tratamento com agentes hipometilantes (13%) foram censurados na data do início do tratamento. Em uma mediana de 18 meses, 106 (15%) evoluíram para LMA e 272 (37%) foram a óbito. Em relação às características clínico-laboratoriais, observaram-se similaridades entre os pacientes brasileiros e argentinos em relação ao gênero (1.3 vs 1.2; p=.640), mediana de idade (64 vs 66, p=.132), porcentagem de blastos na medula óssea (3.8 vs 3.5, p=.308); valor absoluto de neutrófilos (1.912 vs 2.060/mm3; p=.182) e contagem plaquetária (152.351 vs 162.923/mm3, p=.309). Observou-se igual porcentagem de cariótipos anormais (42% para ambos; p=.954) e igual distribuição da citogenética entre grupos de risco definidos no IPSS (p=.537) e IPSS-R (p=.441). Entretanto, a mediana da taxa de Hb (8.4 g/dL vs 9.6 g/dL, p.001) e a distribuição entre os subtipos definidos na classificação da WHO mostraram diferenças (p0.001), a série brasileira mostrou maior predominância de ARSA (10% vs 2%-Ar) e menor porcentagem de CRDM (36% vs 46%-Ar). A distribuição nos diferentes grupos de risco definidos pelo IPSS e IPSS-R mostrou-se significativamente diferente nas duas populações (p=.01 e =0.005, respectivamente), mostrando maior prevalência de baixo risco nos pacientes argentinos ( IPSS baixo: 40% vs 26%-Br e IPSS-R muito baixo: 22% vs 14%-Br). As diferentes variáveis prognósticas foram estudadas em relação a Sobrevida global (SG) nas duas populações e na população total, Observou-se maior SG na população-Ar, refletindo a maior predominância de pacientes de menor risco (60m vs 43m-Br, p=.024). Gênero, plaquetas, blastos na medula óssea, Grupos de risco citogenético, subgupos IPSS e IPSS-R foram úteis para prognóstico tanto nas população global como nas duas séries. Idade não for fator preditor de sobrevida tanto na população global como na Br e o valor de neutrófilos mostrou-se limítrofe na série Ar. Concluímos que estas duas séries de pacientes sul americanos com SMD de novo apresentam mais similaridade do que disparidades. Além disto, o sistema IPSS-R e as variáveis que a compõem mostram boa reprodutibilidade e são eficazes em predizer sobrevida global em toda a população estudada.