INVESTIGADORES
CRESPO enrique alberto
congresos y reuniones científicas
Título:
Existem subespécies de Arctocephalus australis?
Autor/es:
LOPES, FERNANDO; FERREIRA, JULIANA M.; MAJLUF, PATRICIA; CRESPO, ENRIQUE; BROWNELL, JR., ROBERT L; OLIVEIRA, LARISSA R.
Lugar:
Cartagena
Reunión:
Congreso; 16° REUNIÓN DE TRABAJO DE ESPECIALISTAS EN MAMÍFEROS DE AMÉRICA DEL SUR Y 10 CONGRESO DE SOLAMAC; 2014
Resumen:
Historicamente a sistemática e a taxonomia do gênero do Arctocephalus vem sendo tema de discussão, especialmente no caso de Arctocephalus australis. Com base em medidas cranianas King (1954) sugeriu a existência de três subespécies de A. australis: A. australis australis, A. australis gracilis e A. australis galapagoensis com localidades tipo as Ilhas Falkland/Malvinas, costa da América do Sul e Ilhas Galápagos, respectivamente. Repenning et al. (1971) atribuíram os status de espécie plena a A. galapagoensis. Berta e Churchill (2012) em revisão taxonômica de todos os pinípedes sugeriram quatro subespécies de Arctocephalus australis: A. a. australis, A. a. gracilis, A. a. forsteri e a uma subespécie não nomeada para o Peru. Recentemente Oliveira & Brownell (2014) sinonimizaram A. a. gracilis para A. a. australis. Contudo, todos os autores enfatizaram a necessidade da retomada dos estudos sobre a sistemática de A. australis através da ampliação da amostragem e do uso de vários marcadores (moleculares e morfológicos). Neste sentido, a fim de verificar a validade das subespécies propostas de A. australis, este estudo apresenta uma hipótese filogenética alternativa para o gênero Arctocephalus, através do refinamento da amostragem paras as supostas subespécies de A. australis. Para tanto foram analisadas 66 sequências do gene citocromo B do DNA mitocondrial (597pb) a partir de amostras da Argentina, Brasil e Peru (A. australis) e de amostras obtidas do GenBank® (A. forsteri, A. galapagoensis, A. tropicalis, A. gazella, A. pusillus, A. townsendi, A. phillippii) usando como grupo externo Otaria flavescens e Zalophus californianus. As análises filogenéticas foram executadas através de inferência Bayesiana no pacote BEAST v1.8.0 e nos programas Tracer v1.5 e FigTree v1.4.2. Foram observados três clados monofiléticos altamente suportados (Highest Posterior Density ? HPD) para A. australis: clado A. australis do Atlântico (HPD=99%) clado de A. australis do Peru (HPD=94%) e A. forsteri (HPD=100%) sugerindo que estas seriam espécies plenas e não subespécies, como proposto por Berta e Churchill (2012). Estes resultados são corroborados pela descontinuidade geográfica na distribuição destas espécies e pela recente filogenia dos carnívoros. No entanto, a fim de se compreender a estrutura populacional dentro destas espécies e a existência de unidades de manejo distintas é necessária a continuidade deste estudo através da ampliação da amostragem e do uso de marcadores moleculares e morfológicos nas futuras análises