INVESTIGADORES
PEREZ ALVAREZ Gonzalo Gabriel
congresos y reuniones científicas
Título:
Patagônia Argentina e Amazônia Brasileira: Planos de Desenvolvimento e Soberania Nacional
Autor/es:
PEREZ ALVAREZ, GONZALO
Lugar:
San Pablo
Reunión:
Jornada; VI Semana de História EFLCH-UNIFESP Construção de Identidade: esportes, nacionalismo e tradições; 2014
Institución organizadora:
UNIFESP
Resumen:
Os planos de desenvolvimento formulados pelo governo argentino e alguns de seus governos provinciais (de Chubut, localizado no centro da Patagônia argentina, é o mais significativo) colocam a Patagônia Argentina e a Amazônia brasileira, como as duas grandes áreas da América, nas quais devem ser implementadas planos de desenvolvimento industrial. Especialmente esta noção é formulada no "relatório Altimir" relevante obra datada em 1970, com cerca de duas mil folhas, que formula um plano de desenvolvimento para a província de Chubut. A comparação entre as duas regiões faz eixo em suas características de regiões ricas em recursos naturais cobiçados por potências estrangeiras, o seu "subdesenvolvimento" e sua baixíssima densidade populacional (desde a idéia de que eles eram "regiões vazias"). Procuramos debater a relação entre a história desta região da Argentina, na fase do modelo de implementação de zonas de desenvolvimento (dos anos '60), com os projetos de desenvolvimento promovidos pelo governo federal do Brasil. Também pretende-se discutir a noção de desenvolvimento, a partir da equalização que foi feita entre este conceito e crescimento. Com esse objetivo desdoblamos uma leitura dos planos de desenvolvimento na sua dimensão estrutural e no campo das lutas sociais e políticas A estratégia de criação de "pólos de desenvolvimento", propôs a criação de indústrias subsidiadas pelo Estado, que deviam ser instaladas nas áreas consideradas "marginal", porque elas estão mal integradas no mercado nacional. A Patagônia era o centro desta política na Argentina, destacando seus promotores a necessidade de proteger seus recursos naturais e a intenção de descomprimir o conflito das cidades tradicionais em uma fase de expansão do movimento operário. Um processo de industrialização liderado pelo governo federal do Brasil é a Zona Franca de Manaus (capital do Amazônas), com um centro de produção para produtos eletrônicos, similar ao instalado em Ushuaia (província de Tierra del Fuego). No caso dos estudos e planos de desenvolvimento formulados pelo governo brasileiro para a Amazônia, também fazem constante referência a necessidade de proteger uma região rica em recursos naturais para garantir a sua soberania nacional sobre aquele território. Queremos registrar a fonte autoritária de ambos os projetos, o peso da doutrina de segurança nacional em suas formulações e o papel que em eles tiveram as populações das regiões para as quais foram produzidos esses projetos. Esta é uma proposta de pesquisa em uma instância inicial, de modo que a comunicação aqui apresentada é de natureza exploratória e de hipóteses experimentais, que esperamos poder colocar em discussão