INVESTIGADORES
LUCIFORA Luis Omar
congresos y reuniones científicas
Título:
Hábitos alimentares do cação-bico-de-cristal, Galeorhinus galeus, no norte da Patagônia, Argentina
Autor/es:
LUIS O. LUCIFORA; VERÓNICA B. GARCÍA; ROBERTO C. MENNI; ALICIA H. ESCALANTE
Lugar:
Recife
Reunión:
Congreso; IV Reunião da Sociedade Brasileira para o Estudo dos Elasmobrânquios; 2004
Resumen:
0 s habitos alimentares de Galeorhinus galeus foram estu-
dados na Baia Anegada (4Oo30'S, 62"001W,Argentina), durante a
primavera, verso e outono de 1998-99, 1999-2000 e 2000-01. Ana-
lisaram-se 412 individuos, dos quais 168 (40,7%) tiveram conteudo
estomacal. 0 s individuos foram divididos em juvenis e adultos (ma-
chos >I19 cm comprimento total, CT; femeas >I24 cm CT), e em 3
grupos temporais (outubro-novembro, ON; dezembro a fevereiro,
DF; e mar~o-abril,
MA). Todas as presas foram identificadas, medi-
das e pesadas. A proporplo de individuos con conteudo diminuiu
significativamente com o CT, o que sugere que os juvenis t6m 'uma
.
taxa de consumo maior que os adultos. Em geral, a dieta de G
galeus esteve formada principalmente por teleosteos e secundaria-
mente por invertebrados. A dieta dos adultos teve varia~des
sazo-
nais significativas. Durante DF consumiram mais teleosteos
bentonicos (quase exclusivamente o peixe-sapo, Porichfhys
porosissimus) que outras presas, enquanto em MA aumentou o con-
sumo de invertebrados (principalmente a lula lllex argenfinus). A
dieta de juvenis e adultos foi comparada em MA. Ainda que a princi-
pal presa de juvenis e adultos foram os teleosteos demersais, os
juvenis consumiram mais invertebrados bentonicos (principalmente
o polvo Ocfopus fehuelchus) que os adultos, e os adultos consumi-
ram mais lulas (I. argenfinus) que os juvenis. A propor@o das pre-sas na dieta foi comparada com a do ambiente (avaliada com 24
amostras de arrastro de fundo) em MA. 0 s juvenis consumiram
invertebrados e teleosteos demersais en maior propor~20que a
esperada da abundancia no ambiente, e teleosteos pelagicos e
condrictios em menor proporG2o. 0 s adultos consumiram lulas em
e teleosteos pelagicos em menor proporG20 que a
maior propor~%o
do ambiente, enquanto teleosteos demersais, bentonicos e
invertebrados foram consumidos na mesma proporG%oque a do
ambiente. A estrategia alimentar foi avaliada mediante graficos de
frequencia de ocorrencia vs. indice especifico de presas. A estrate-
gia alimentar de G galeus variou sazonal e ontogeneticamente. 0 s
adultos mudaram duma estrategia n20 especializada em ON e MA
para uma estrategia especializada no consumo de i? porosissimus
em DF. 0 s juvenis tiveram uma estrategia mais especializada em
teleosteos demersais que os adultos. 0 s resultados mostram que
G
. galeus 6 um predador plastic0 capaz de mudar seu dieta e estra-
tegia alimentar e que utiliza os recursos alimentares numa propor-
@
oi diferente a do ambiente. A especializa$%o no consumo de i?
porosissimus coincide temporalmente com a epoca de cortejo se-
xual dessa especie, o que sugere que ha um c%mbiona disponibili-
dade da presa.