INVESTIGADORES
CARLINI Alfredo Armando
congresos y reuniones científicas
Título:
UM NOVO DASYPODINI (XENARTHRA: CINGULATA) PARA O PLIOCENO DA VENEZUELA: AFINIDADES E CONTEXTO BIOGEOGRÁFICO
Autor/es:
CASTRO, MC; CARLINI A.A.; SÁNCHEZ-VILLAGRA M.; SÁNCHEZ R.
Lugar:
Gramados
Reunión:
Congreso; XXIII Congresso Brasileiro de Paleontologia; 2013
Institución organizadora:
Asociación Paleontológica de Brasil
Resumen:
Os Dasypodinae correspondem a uma das linhagens mais basais de cingulados e se caracterizam pela
morfologia de seus osteodermos. Até o momento, o grupo é composto por Anadasypus (Mioceno
Médio da Colômbia e Mioceno tardio do Equador), Propraopus (Pleistoceno?Holoceno inicial da
América do Sul) e Dasypus. Exceto por um registro duvidoso no Mioceno tardio da Argentina (D.
neogaeus), este gênero se conhece como fóssil para o Plioceno tardio?Pleistoceno tardio dos Estados
Unidos (D. bellus) e para o Pleistoceno tardio da América do Sul (D. novemcinctus, D. punctatus e D.
hybridus). A presente contribuição visa descrever três osteodermos provenientes do Plioceno tardio da
Venezuela. Apesar de escasso, o material é relevante pela proximidade temporal e geográfica à
primeira conexão contínua entre as Américas e pelo escasso conhecimento sobre faunas pliocênicas da
parte norte da América do Sul. A coleta foi realizada na região de Urumaco, Estado Falcón, em
sedimentos do Membro Vergel da Formação San Gregorio. A posição estratigráfica e a fauna ali
encontrada indicam uma idade aproximada de 3,5 Ma; ademais, a ausência de elementos holárticos
sugere que tais sedimentos foram depositados anteriormente ao Grande Intercâmbio Biótico
Americano. O material é composto por dois osteodermos fixos completos, sendo um deles da borda
posterior do escudo pélvico, e por um osteodermo móvel parcial. Apresenta como características
distintivas a superfície extremamente lisa e plana das figuras centrais, bem como sulco principal raso e
mais periférico, forames diminutos e ausência de sulcos radiais nos osteodermos fixos. Os espécimes
podem ser atribuídos a Dasypodini devido à morfologia das figuras periféricas do elemento móvel,
que indica a presença de escamas córneas triangulares sobre dois osteodermos adjacentes.
Comparando-os com os gêneros descritos, observa-se que apresentam peculiaridades que os
diferenciam, o que leva a crer que se trate de um novo táxon. A presença de sulcos que atingem a
borda posterior dos osteodermos móveis e de figuras centrais subcirculares nos elementos fixos indica
uma posição mais derivada que Anadasypus. Em relação a Propraopus e Dasypus, o novo táxon
guarda maiores semelhanças com D. bellus, o que concorda com a proximidade geográfica e temporal
entre ambos. [CAPES, CONICET]